A bota e os anéis

Às vezes chego a me sentir mal

Por não soltar ao vento

Palavras que dentro de mim

Fazem o estrago de um furacão.

Às vezes eu quero gritar

Mais sei que não posso...

Não que me falte vontade

Mas por respeito à ética que já perdeu a razão.

Prefiro guardar para mim

Todo esse medo que me distrai,

Para não ter que aprender

Tudo da frente para trás.

E eu vou guardar para mim

As botas que me apertam os pés,

Para que eu veja que isso não é nada

Perto do que suportam por alguns anéis.