Rei Élfico

Parte 1. A guerra

Seis exércitos élficos estavam de frente para o inimigo. Os primeiros , o exército do rei Zofer com maior número de toda a terra de Anorie, eram os elfos de luz com suas armaduras douradas. O segundo e o terceiro eram os Mallanis elfos negros, pela cor de seus cabelos eram assim chamados, formavam um mar prateado com uma pequena formação de cavalos brancos postos a frente, regidos pelo rei Randi. O quarto, eram os Anquills, elfos da floresta do oeste.

Seu rei era Norie, um dos mais antigos elfos. O quinto eram os elfos verdes, mais agressivos e mais isolados dos outros povos. Seu rei era Irendi e não tinha tanta força em seu exército. Eram considerados os menos experimentes. E o sexto eram os Nevari, elfos da luz da terra do sul, os mais amigáveis entre eles. Se preocupavam com todas as raças existentes em Anorie.

Todos com suas espadas e arco e flecha esperando o primeiro ataque. Seu inimigo os goblins, criaturas horrendas e desfigurada, estavam em massa com um exército de trolls, ogros, entre outras criaturas mutantes , atacaram primeiro.

A chuva caia em meio ao campo de batalha fortemente, deixando mais pesada as armaduras dos exércitos.

Um estardalhaço de espadas, batendo umas com as outras ferindo elfos e goblins. Uma luta pelo poder e posse de um continente imenso e magnífico como Anorie.

E mais exércitos se juntaram a eles, os Ians Iquens outra raça de elfos muito diferentes, quase nunca vistos nas terras de Anorie. vindos da montanha de fogo, chegaram em grande massa trazendo catapultas, lanças e animais grandes e peludos com chifres enormes, que correram derrubando uma boa parte do exército inimigo.

Alguns dos homens foram para o lado dos goblins, traindo seus amigos por sua ganância em troca de poder e tesouro. Entre eles Sparkle Finns, um homem muito respeitado das terras de wuenollie, era líder de seu povo, mas não era nenhum rei importante . Tinha um enorme apreço pelos elfos, pois fora criado pelo rei Zofer quando estava entrando na adolescência. Aprendeu o idioma élfico e sua escrita. Ficou muito tempo em CKlanyvadari até o príncipe Levonhard completar sete anos, depois foi morar em wuenollie onde foi reconhecido como o homem amigo dos elfos. Lá teve muitas experiências e ensinamentos diferentes, pois ele aprendeu a viver com elfos e não sabia o que era ser humano, pois sua natureza acabara se moldando a dos elfos da luz. Ainda assim , como nomeado líder de seu povo depois da morte de Gouver, o primeiro líder de wuenollie,

Sparkle Finns ainda mantinha negócios com seus grandes reis élficos. Porém com o passar do tempo

muitos reis élficos acabaram suspeitando da exagerada intromissões de Sparkle Finns em seus territórios e foram afastando ele aos poucos de suas terras.

Vendo que já não era tão bem vindo, Sparkle se irritou de uma forma ameaçadora a ponto de querer se vingar. E sem que ninguém de seu povo notasse, ele começou a ter contato com outras criaturas, cada vez mais se infiltrando nas sombras.

Montado em um cavalo negro raivoso, Sparkle Finns empunhava sua espada para o alto, sorrindo malicioso para os exércitos.

O rei Zofer ao lado de seu filho Levonhard e de sua esposa Ullah olhou para Finns com muita raiva, pois ele era um amigo da maior parte dos elfos de Anorie e criado por ele desde quando tinha seus doze anos. E agora tinha se voltado contra todos para poder dominar aquelas terras mágicas.

Eis que olhou para todos os exércitos e gritou:

- Todos vocês irão queimar! Em breve o mundo de Eridar irá perecer e eu me tornarei rei e Senhor de todos vocês. E depois como num piscar de olhos, seu cavalo apenas se ergueu ficando nas patas traseiras, sapateando e correndo como um raio e desaparecendo de vista.

Os exércitos de Goblins foram se afastando aos poucos, mas o rei Zofer estava muito zangado com aquele homem e fez sinal para seu cavalo andar, mas fora interrompido por seu filho Levonhard.

- Pai, não! Temos que parar essa guerra. Não vai adiantar lutar agora. Estão se retirando.

- Aquele traidor! Ele não vai escapar. Anos ao nosso lado observando nossos treinamentos de guerra, nossas forjas de armas... Eu o ensinei a nossa linguagem e a escrever, tudo que ele sabe eu ensinei. Ele saiu de CKlanyvadari para construir seu próprio exército. Estas aberrações nojentas!

- vociferou Zofer trincando os dentes.

- O senhor tem razão mas não vamos piorar as coisas. Temos de pensar em um jeito de acabar com Finns sem que entremos em outra guerra.

- Esse dia será hoje. - vociferou Zofer. - E correu com seu cavalo gritando para atacar em uma linguagem élfica. ( Nir ie uan ) !

Levonhard não pensou em outra coisa a não ser seguir seu pai. O exército também avançou junto com eles. Os outros ficaram olhando os elfos da luz marcharem para os goblins e o punhado de homens, que ainda mantinham suas posições enquanto outros deixavam o campo de batalha. Mas por fim os reis que pareciam já aliviados com o fim da batalha e o recuo daquelas criaturas fétidas, sem pensarem muito, também deram ordem para atacar.

A luta continuou, mas os goblins ainda recuando a metade de seu exército, foram obrigados a voltarem . Eles mandaram trasgos imensos pisarem e golpearem os elfos. Alguns voaram longe. E outros foram esmagados.

Levonhard pulou de seu cavalo para ajudar os outros. Estava no meio da confusão, com duas espadas douradas golpeando o inimigo de todos os lados. Era muito ágil e rápido em seus movimentos.

Mas um Trasgo que ele não viu quase o golpeou, e desesperada, em proteger o filho, Ullah apareceu e acertou uma flecha na cabeça que derrubou o monstro feroz. Mas um goblin acertou outra e a atingiu no peito.

Zofer e Levonhard pararam por um estante ao ver Ullah cair de seu cavalo. Os dois correram, mas no segundo , Zofer também foi atingido, por uma espada e todos os reis que lutavam também viram o rei e a rainha da luz caírem.

- não! - gritou Levonhard correndo para onde seu pai estava caído. E quando ajoelhou no chão para socorrer ele, se deparou com uma enorme sombra negra, eram enormes patas de cavalo a sua frente. Ao olhar para cima percebeu ser Sparkle Finns, sorridente e ameaçador. Ele não parecia mais ser um humano, agora parecia desfigurado e monstruoso.

- O que você fez? - perguntou Levonhard com raiva. Como pôde nos trair? Meu pai deu a você um lar e minha mãe lhe cuidou como filho dela. - a voz de Levonhard tremia como todo o seu corpo, com o pavor que sentiu a ver seus pais feridos, sem poder fazer nada por eles.

- Você acha mesmo que eu faria parte de sua família? Eu só queria mostrar a vocês elfos imortais, que também podem morrer. Você tem uma coisa que eu quero e vou conseguir. Nunca vou entender porque vocês tem essa aparência quase humana, mas são uma raça mais bela com esses cabelos longos dourados, olhos azuis e vestem essas coberturas de honra... Tem poderes incríveis... E são tão limpos que me enoja ... - ele olhou para o príncipe com inveja. - e o seu poder de curar? Agora você "príncipe de orelhas pontudas", não pode salvar seus queridos pais. É uma pena. - disse Finns encostando a sua longa espada no ombro de Levonhard.

- Não vou deixar você me vencer tão facilmente.

- Levonhard se levantou tão rápido que Finns não percebeu seu ataque repentino, e o jogou no chão com uma força descomunal. O cavalo negro disparou para longe assustado com a queda de seu dono. "Parecia um terremoto, pesado e veloz como um raio. Seu passar levantou alguns fios de cabelo dourado de Levonhard."

Sparkle Finns sorriu com ódio no olhar e se impressionou com a agilidade de Levonhard.

- Para um jovem, você é muito experiente. Nunca pensei que você fosse melhor do que seu pai. Mas ainda há muito que aprender. - ele sacou a espada para acertar Levonhard, mas o príncipe o golpeou primeiro arrancando seu braço com sua espada dourada.

Sparkle Finns gritou com a dor imensa que sentia com a amputação e foi se afastando com ajuda de alguns goblins e homens que estavam por perto. Todos os exércitos pararam de lutar ao ver que o líder das trevas havia sido ferido gravemente.

- Você vai ver seu pentelho, eu ainda vou dominar essas terras e você e sua raça irão desaparecer para sempre! Tomarei o seus poderes! - gritou desesperado.

Levonhard deixou o corpo de seu pai e correu em meio ao seu exército, até onde encontrava-se sua mãe. Ele ajoelhou e lhe beijou a cabeça branca, deixando lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Não havia mais o que fazer, estava sem vida, perderá muito sangue.

Ao sentir uma presença, ele não se moveu, pois sabia que não era inimigo, porque o exército de Goblins já havia partido com Finns.

- Meu jovem príncipe. - Disse uma voz adulta.

Levonhard olhou para cima e viu um elfo rei , um guerreiro de cabelos negros, muito experiente, amigo de seus pais desde a infância.

- Randi ?

- Sim. Confirmou ele. - É uma tragédia o que aconteceu meu jovem, você foi muito bem nessa guerra. Gostaria de ter um filho assim como você forte e ágil. Eu me orgulharia. E sei que sua mãe e seu pai também se orgulhavam de você.

- Eles tentaram me proteger, mas eu não pude proteger eles. - disse olhando para Ullah morta em seus braços. - Não posso cura-la mais.

- disse triste com lágrimas em seus olhos. Agora pareciam sem cor, mais branco do que azul.

Não pode. - concordou Randi. Seu poder só poderia curar eles se fosse imediato. Você sabe o que tem de fazer agora.

- Sim. afirmou ele levantando-se do chão. Ele olhou para seu exército e chamou para que viessem pegar os corpos de seus pais e levassem para o seu reino em CKlanyvadari.

Randi e os outros reis acompanharam Levonhard até seu palácio onde lá em algum lugar escondido, enterraram os corpos de seus pais.

-Em uma guerra não se pode fazer muito por aqueles que perdemos. Há não ser uma pequena despedida de seus corpos. Agora eles vão retornar para o mundo espiritual. - disse Randi colocando um pequeno ramo de flores ao pé de uma grande árvore.

Os elfos lamentavam suas perdas, ficavam tristes, mas sabiam que teriam de seguir suas vidas. Eles eram mais parecidos com animais do que com qualquer raça em Anorie por seu luto durar pouco tempo e por sua ligação com a natureza.

Levonhard entrou no salão do trono do rei, sentia-se triste e derrotado. Não compreendia o motivo que levara Sparkle Finns a seguir o caminho para escuridão, sendo que ele aprendera a cultura élfica e fora acolhido pelos reis após a morte de seus pais. Era muito raro da parte de elfos criarem crianças humanas e as tornarem parte de sua família. Embora na época em que Zofer adotara Finns, ainda não tinha Levonhard, o que facilitava muito para ele crescer no reino e se tornar um dos grandes líderes. Porém com o nascimento do príncipe, ele perdeu esse posto, ficando a espreita pelos cantos do palácio.

Parte 2 A coroação

A chuva cessou e o sol apareceu gracioso no céu. Uma manhã fresca com aroma perfumado das flores coloridas e do ar doce das águas dos rios e lagos do reino de CKlanyvadari. O enorme palácio com portas de cristais era incrivelmente magnífico e estonteante por sua beleza. brilhava a uma grande distância para aqueles que chegavam a atravessar a grande ponte de pedras.

Uma elegante cascata descia de montanhas a mais de trezentos pés de altura até chegar aos rios de todo o reino.

Reis élficos vindos de vários lugares de Anorie chegavam para a coroação do príncipe Levonhard. O primeiro elfo jovem a se tornar rei aos seus treze anos . Como direito ao trono e por ser o único herdeiro, ele tinha imediatamente cumprir com suas obrigações de rei, pois as terras que pertenciam a seus pais agora precisavam de sua proteção.

Levonhard aguardava a todos no grande salão do rei. Estava seguro, e sabia que tinha de manter a postura como sempre havia treinado com seu pai. Agora, ele não era mais um príncipe e não seguiria mais ordens de um rei. Teria de tomar suas próprias decisões e proteger seu reino e seu povo.

Randi se ofereceu, como amigo de seus pais, para lhe entregar a coroa. Levonhard concordou de imediato. Estava sério esperando seu conselheiro falar.

- Grandioso seja esse dia, que será memorável para todos os reis élficos de Anorie, o nosso grandioso rei Levonhard.

Randi aproximou- se de Levonhard segurando uma coroa prateada com cristais, sorriu e colocou- a em sua cabeça.

- Seu novo rei de CKlanyvadari!

Todos se curvaram, como respeito ao novo rei. Era tradição dos elfos outros reis verem a coroação de outro rei. Era uma forma de todos se conhecerem e sempre unirem- se para guerras como aliados.

Depois todos os reis foram para um banquete a céu aberto, no último andar do palácio do rei. Uma vista privilegiada onde se via todo o reino e sua floresta. Haviam muitas flores descendo em pilastras de cristais. E os reis andavam e conversavam com os outros apreciando a paisagem e tomando seu vinho.

Levonhard falou com todos eles e em especial sobre o futuro de Anorie e os tempos de guerra. Algo que lhe preocupava muito desde a última batalha, que ele descobrira um traidor que frequentava muito seu reino pelos negócios de sua família, como a forja de armas. Que uma dessas mesmas espadas forjadas em seu palácio, fora a que tirou a vida de seu pai.

Randi acompanhado de uma bela e jovem elfa, aproximou-se de Levonhard, que depois de muito conversar , ficou sozinho em uma parte do salão olhando para a cachoeira que caia a poucos metros de onde ele estava. O pensamento longe, talvez trouxesse lembranças de seus pais.

- Senhor Levonhard, gostaria que conhecesse minha filha Ika. - disse Randi com um largo sorriso.

- O rei se virou e cumprimentou a bela elfa de cabelos negros e olhos castanhos claros.

É um prazer . - disse ele. - E logo voltou a olhar para Randi com curiosidade. - você não disse ter filhos.

- há sim, me desculpe eu não lhe disse. Minhas filhas, Ika e Lunae estavam em meu reino em Lóriath. Eu nunca quis que elas se afastassem de mim por proteção. Tempos de guerra eu não quis expor nenhuma delas ao perigo.

- Sei bem como deve ser isso. Sempre proteção para as fêmeas em primeiro lugar. Mas e sua outra filha, não a trouxe também? - quis saber .

- Não, não. Lunae não gosta muito de sair, ela fica mais em casa com seus bichinhos.

- Bom, então ela não sabe o que está perdendo. Digo da comida aqui. - explicou Levonhard com um tom mais sério.

- É muito boa mesmo. - concordou Randi.

- se quiserem podem ficar aqui está noite. - convidou Levonhard olhando para eles sem expressão alguma.

- Podemos ficar se quiser filha. Como você queria conhecer o rei, penso que seria uma boa ficarmos está noite.

- Pai! - envergonhada Ika abaixou a cabeça.

- Tudo bem, eu fico feliz que queira me conhecer. - sorriu Levonhard para ela. - vejo que temos assuntos de negócios a resolver. - disse ele mudando de assunto.

- há sim é claro. Seu pai me vendia muitas espadas e arcos e flecha. Ainda podemos manter essa nossa parceria?

- Sim, podemos. Será uma honra.

- A espada que você cortou o braço de Sparkle Finns, você tem delas?

Levonhard olhou curioso para Randi.

- Nenhuma espada é igual senhor de Lóriath.

Algumas são feitas exclusivamente para o rei. Suas lâminas são únicas.

- Certamente. - assentiu Randi .

- Podemos dar uma olhada se você quiser. Temos espadas de muita qualidade, algumas estão sendo forjadas agora.

- Sim, eu gostaria de vê-las. - sorriu Randi.

Levonhard se virou e eles saíram do palácio para os jardins do rei adentrando na floresta.

Haviam muitas flores de diversas cores e espécies, entre elas uma antiga planta carnívora de geração de família. Um caminho de pedras cristalizadas levava a uma encantadora cachoeira que descia como um véu branco e fino, que abastecia todo o reino. Eles andaram mais a frente onde havia um campo de treinamento onde estavam os soldados lutando uns com outros aprimorando suas técnicas de luta para batalhas em guerras. Logo, estavam em uma área verdejante ainda maior, onde o que parecia ser um celeiro gigante, era um lugar para forjar armas élfica. Um enorme felino de cinco pés estava de guarda na porta. Era branco como a neve e tinha seus olhos azuis iguais aos de seu dono. Sua pelagem densa o fazia parecer maior do que era.

Randi e Ika ficaram imóveis atrás do rei temendo o grande animal se movendo em direção a eles.

- Não tenham medo. - Tranquilizou Levonhard acariciando o animal que deitava e ronronava para ele. - Arraia é dócil com todos de meu reino, só ataca estranhos que entram aqui sem minha permissão. Ela é o guardião de CKlanyvadari. Há outros como ela aqui também guardando as entradas de minha floresta.

- Nunca vimos essa espécie de animal antes. - observou Randi ao passar pelo felino. Sua filha também se deslumbrou com tamanha grandeza do animal, quis toca-lo mas teve medo.

- Bom, se quiser pode passar a mão. Sua pelagem é muito macia . - disse Levonhard olhando para Ika ao perceber sua admiração por seu animal.

Ela acabou não resistindo e aproximou-se do grande felino. Quando sua mão se ergueu para Arraia, encostou sem querer na mão de Levonhard, e ambos retiraram as mãos em instantes. Eles se olharam sem jeito mas logo o rei prosseguiu como se nada tivesse acontecido.

- Esta é nossa oficina de forja de armas. O senhor fique a vontade.

Haviam muitos elfos trabalhando ali, alguns afiavam as lâminas das espadas, enquanto do outro lado outros perfuravam e faziam o acabamento dos cabos de aço,com desenhos maravilhosos. Eles não se importaram com a presença de seu rei , de Rendi e sua filha Ika.

Haviam mesas de pedra com viárias espadas enfileiradas em cima delas. Algumas eram tão brilhantes que chamaram a atenção do rei.

Randi aproximou-se e seus olhos chegaram a brilhar e suas mãos tocar no objeto, que parecia acender uma luz azul claro .

Levonhard sorriu sem olhar para ele e pegou a espada que ficou mais iluminada .

- Esta é Gofling, uma espada que ilumina quando está escuro. Ela também aciona a luz quando você pega , mas logo apaga. E esta aqui...

- disse pegando outra espada e admirando sua lâmina. - É Fandour, a que tem o corte mais pesado. Nenhuma armadura aguenta sua força. É uma das minhas preferidas. Foi com uma dessas que eu cortei o braço de Sparkle Finns. - lembrou movimentado a grande espada dourada.

- Essa espada? - interessou Randi recebendo a espada de Levonhard.

- Estas são raras, muitos outros reis élficos compraram de nós. Muitas dessas espadas são especiais. Você pode escolher um desenho e modelo que se assemelhe com sua personalidade.

Sua espada será somente sua. Ninguém terá uma igual. Essas são apenas irmãs das minhas. Quando meu pai me trouxe aqui para escolher, pensei em algo que eu gostava muito. De tudo o que eu gosto aqui neste reino, as árvores são a minha vida. Então, o punho da espada tinha de ter algo a respeito... Folhas talhadas, que eu poderia ver a luz do sol entrar por elas.

- São incríveis! Estou fascinado por essas belíssimas armas.

- há também arco e flechas e lanças, catapultas, entre outras que estamos trabalhando para aumentar a proteção do exército nas guerras.

Ainda creio que tempos difíceis estão por vir.

- disse Levonhard olhando o vazio.

- Também penso muito sobre isso. Nossas terras estão sendo ameaçadas e agora sabemos que uma guerra está chegando. Quando e de onde está vindo, não sabemos. Alguns humanos estão se voltando contra nós e Sparkle Finns, um de nossos amigos, agora nós traiu. Está criando monstros e híbridos.

- Devemos convocar a todos os reis élficos para uma reunião e decidirmos o que há de ser feito. - disse Randi ainda maravilhado com a beleza das espadas, enquanto andava atrás do rei pela oficina.

- Aqui... - Parou Levonhard. - estes são os arcos, feitos de madeira, de árvores especiais plantadas apenas para fazê-los. Há outros arcos compostos feitos com outros materiais que eu não posso falar, é segredo de família. Está há anos conosco e meu pai sempre pediu sigilo sobre a produção destes.

Arco composto, eram enormes e cada um tinha um desenho diferente esculpido por artesãos do rei. Alguns eram prateados , dourados e pretos.

As flechas também eram detalhadas e lindas com suas cores quase transparente de um azul muito claro a um preto e dourado. Cada uma era usada a momentos diferentes, noite ou dia, se havia sol ou chuva e neve, ambas tinham uma cor para cada estação.

Entre toda a sua beleza, havia uma ponta afiada no final e um rabo em forma de pena, algumas com veneno capaz de matar na hora. Ao lado delas, as lanças negras, um pouco maior do que um elfo, perigosas e mortais foram as melhores armas de combate de todos os tempos.

Levonhard mostrou algumas das armas, mas não era nenhum tolo para revelar segredos de família escondido há anos. Sua família era rica pela fabricação das melhores armas de guerra élfica que Enorie poderia ter. E muitas eram vendidas há homens e outros reinos élficos, entre outras raças, duendes e alguns anões.

Ele era um rei muito desconfiado e mesmo sabendo que Randi era amigo de seus pais desde muitos anos, não queria arriscar e lhe mostrar mais do que deveria. Embora confiasse cem por cento nele, Levonhard já passara pela experiência de que mesmo um amigo poderia se tornar um traidor, assim como Sparkle Finns que passou anos em seu reino talvez a procura de alguma arma extremamente poderosa ou até mesmo dele , que nasceu com dons e poderes que nenhum outro elfo tinha. Pois ele invejava os elfos e sua imortalidade.

Ao pensar nesse homem terrível e nas coisas que ele poderia fazer, Levonhard ficou preocupado com seu reino e com todo seu povo, temendo um ataque de Finns a ele por ter lhe arrancado um braço. A guerra de fato não havia acabado, e a morte do rei e da rainha não foram em vão. Agora seria mais perigoso do que nunca baixar a guarda. Um reino como CKlanyvadari era um dos mais belos e bem escondido sobre a floresta, difícil de se encontrar e tinha apenas três entradas de acesso. "Ninguém entraria neste reino tão fácil".

Levonhard despediu-se dos outros reis depois do grande banquete do entardecer. Era uma grande festa no dia da coroação de qualquer rei Élfico, em todos os continentes mantinha-se essa tradição a milhares de anos quando um príncipe tornava-se rei.

Randi foi o único que permaneceu no palácio a convite de Levonhard, por ele ser o mais próximo de sua família. Estava acompanhado por alguns de seus guardas e de sua filha Ika. Era de costume elfos deixarem suas esposas e viajarem para muito longe a negócios e retornarem para seus reinos dias ou anos depois.

Parte 3 Descoberta

Randi tomava seu café da manhã ao lado de sua filha na grande mesa do rei Levonhard. Farta de frutas, cereais e leite de cabra. Alguns pães élficos com mel também enfeitavam as bacias de madeira rústica. Os dois estavam sozinhos, pois muitos elfos já estavam em seus postos de trabalho. Todos dormiam ao menos quatro horas por dia ou coxilavam a noite.

Levonhard antes do por do sol, fazia uma longa caminhada com Arraia, seu enorme felideo de pelos brancos como algodão.

Bruna A S
Enviado por Bruna A S em 22/03/2024
Reeditado em 30/04/2024
Código do texto: T8025455
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.