Peço-te teu Perdão Capitulo 1

Hoje levantei como todos os dias escovei meus dentes, pus minhas roupas, tomei meu café e por fim antes de sair me olhei no espelho saquei minha arma e falei:

- Se necessário atirar mas nunca matar.

A caminho do meu trabalho, notei que fazia frio e chovia e me lembrei daquele dia, em que invadi mais uma vez uma casa, com arma em mãos e olhos atentos, observava a procura de um movimento, quando um homem alto e de pele morena entrou na sala, lembro-me que meu parceiro falou "mãos atras da cabeça e se ajoelha". O homem assim fez enquanto meu parceiro se aproximava dele, ouvi passos fortes e rápidos vindo em minha direção, então quando me virei alguém pulou em cima de mim, sem nem pensar atirei, então meus pensamentos foram interrompidos por uma chamada.

- Atenção todas as unidades, suspeitos na zona leste na Gorzana Pozza com Victor Magnani Filho.

- Aqui viatura C4, oficial Roger, aproximadamente a quatro quadras do local.

- Oficial Roger são dois homens, sendo um deles de menor moreno calça jeans e camiseta listrada azul com preto, já o outro branco alto com calças jeans preta e blusa vermelha com boné cinza.

-Entendido estou a caminho!

Ao desligar, liguei a sirene do carro e buzinei algumas vezes, enquanto os carros rapidamente liberavam passagem, eu pisava no acelerador, não precisei chegar ao local, logo avistei os suspeitos que estavam sendo seguidos por mais três policiais, estavam correndo pela calçada, ao ver a situação, manobrei a viatura, abri a porta e me apoiei nela, saquei a arma, mirei nos suspeitos e falei:

- Parados ou eu atiro!

Ambos os dois pararam, ao analisa-los logo vi que estavam desarmados, voltei meus olhos para o menor, notei que estava com medo e surpreso, mas seu rosto me chamou a atenção, formato dos olhos, tamanho do nariz e o cabelo escuro.

Então voltei a me lembrar, apos o tiro cai no chão com um corpo sobre mim, rapidamente o terei para o lado e me sentei no chão e vi que era uma mulher, pele branca, olhos grandes e escuros e cabelos negros e compridos e seu nariz pequeno e empinado. Ouvi o homem gritar e sacar uma arma que estava nas suas costas, ele atirou no meu parceiro o acertando no ombro, que o fez cair sentado no chão, o homem se virou para mim e mirou em meu rosto, diante daquilo nada fiz, mas meu colega atirou no homem que caiu no chão, então voltei a mim, levantei para socorrer a mulher, me ajoelhei do seu lado e vi que o tiro a acertou bem abaixo do seu coração, estava totalmente perdido sem saber o que fazer, sem saber o que pensar ou como agir, afinal o que aconteceu? quem era aquela mulher? não sabia responder a essas perguntas mal conseguia pensar, foi então ai que os outros oficiais que estavam do lado de fora da casa entraram e ... fui interrompido novamente.

- Roger, Roger você está bem?

- Hã ... o que foi? o que aconteceu?

- Os suspeitos já foram detidos e estão na viatura, mas o que houve com você? estava aqui mirando para o nada, você está bem?

- Claro ... claro, sim só estou ... eu estou bem.

- Bom tudo bem então, vamos temos que levar esses dois para a delegacia, se quiser eu posso ir dirigindo?

- A claro por favor.

Entrei no carro, é enquanto saiamos e ao ouvir mais uma vez o barulho da sirene da viatura me recordei, do barulho do carro de emergência, das luzes azul e vermelho das viaturas e das vozes dos socorristas falando o que devíamos fazer.

- Ei você afaste-se dela para podermos socorre-la.

Eu foi me levantar para sair, foi quando a mulher segurou meu braço e falou:

- Por favor cuide do meu fi... filh ... do meu ...

Foi então que uma dor imensa atingiu o meu ser, minha alma se partia em tristeza e angustia, ela nunca terminou aquela frase mas sabia do que se tratava e aquilo me corroeu por dentro. Aquele dia mudou minha vida, não cheguei a ver a criança mas soube que ficou sob a guarda da avó, já a mulher era esposa do Felipe Castro de Melo um traficante procurado pela policia, a mulher se chamava Carla Magnus de Melo, tinha passagem pela policia, mas nada disso amenizou minha dor por tirar a vida daquela mulher e do sofrimento e ódio que coloquei em seu filho. Apos isso fui afastado por uns messes até que tudo se esclarece-se do que ocorreu, foram messes em que me afundei em um poço de dor e arrependimento.

- Pronto chegamos.

Disse o oficial que me acompanhava, rapidamente recompus-me e abri a porta traseira da viatura e tirei o menor, no caminho até a delegacia ele foi falando:

- Isso é um engano, eu não fiz nada senhor, eu juro que não fiz nada, você tem que me ouvir, eu ...

- Se não fez nada por quê estava fugindo?

O jovem não falou mais nada, mas estava aflito e com medo, o levei até o delegado, que perguntou com frieza:

- O que você fez jovem?

- Nada senhor.

O delegado olhou para ele indignado e falou:

- Rapaz você esta de gozação com a minha cara, olha e melhor você dizer em que você está envolvido, se não quiser ficar atras das grades!

- Eu estava fumando maconha!

- Quantos anos tem rapaz?

- 15 senhor.

- Ta em que serie ou não estuda mais?

- Eu estou no primeiro ano do ensino médio senhor.

- Rapaz não tem vergonha não? você tem um futuro pela frente e fica ai procurando sarna pra se coçar, o que você acha que está ganhando com isso?

O jovem não respondeu apenas abaixou a cabeça, olhei para o delegado que estava indignado e irritado com a situação, e começou a mexer no computador, voltando os olhos para o jovem perguntou:

- Já tem passagem?

- Não senhor.

- Qual é o seu nome?

- Felipe Junior Magnus de Melo.

Nesse momento senti um arrepio em minha espinha, notei que o delegado olhou para mim, percebeu do que se tratava então voltou a olhar para o jovem e perguntou:

- Qual o nome da sua mãe?

- Minha mãe já morreu mas ela se chamava Carla Magnus de Melo.

Aquilo foi como um tiro no meu peito não conseguia acreditar, estava na frente do filho daquela mulher, a dor no meu peito foi tanta que não aguentei, minhas pernas fraquejaram e senti falta de ar, caminhei até a parede e cai sentado no chão e tudo o que pensava era por quê?

por quê ele estava ali? por quê justo ele?.

Olá galera RL este é meu segundo trabalho aqui no site, espero que gostem, e por favor comente o que vocês acharam, vai me ajudar muito a melhorar meus erros pois como já comentei este é meu segundo trabalho aqui, e para quem não leu o primeiro procura lá O Homem da Meia-Noite. Bom é isso um beijo e abraço para vocês e logo mais estarei trazendo a segunda parte pra vocês.

Abner Olivir
Enviado por Abner Olivir em 21/10/2016
Reeditado em 21/10/2016
Código do texto: T5798326
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