Nimbus a entidade

Por Humberto Wagner. ( Nymbus)

Tipo: short-story (curta)

(universos paralelos)

Cidade de Etáffis 03:22 da madrugada, ano 2017

Nimbus dormia um sono conturbado em seu quarto, estava tendo pesadelos, sonhava que seres estranhos lhe perseguiam; Enxergava apenas silhuetas se movendo rápido em sua direção enquanto corria na penumbra por um lugar estranho. O som de seus gritos por socorro não se propagava e ficava cada vez mais difícil de respirar, suas pernas já não tinham mais forças para correr. Nimbus se sentia como se estivesse prestes a ser engolido pelo vale das sombras. Sem se dar conta, seu corpo flutuava a alguns centímetros sobre a cama enquanto se debatia inconscientemente. De repente acordou assustado e respirando fundo através da boca. Embora fosse uma madrugada fria e chuvosa, suava e sentia-se muito tenso, sua garganta estava seca e sua visão um pouco turva. Levantou-se e sentou-se na cama, colocou a mão na cabeça e a passou pelos cabelos dizendo em voz baixa: — Droga! O mesmo pesadelo de novo.

Nimbus andou sonolento pelo corredor em direção a cozinha para tomar água, quando teve a sensação de que algo como uma sombra houvesse atravessado em sua frente pouco adiante de onde estava; parou, esfregou os olhos e tentou enxergar melhor na penumbra, mas não havia nada lá, Nimbus pensou ser a sua mente lhe pregando peças. Chegou até a cozinha, abriu a geladeira e pegou uma garrafa de água, encheu um copo grande e começou a beber, com um olhar vago encarava a água da chuva escorrer pela janela, lentamente percebeu um homem entre as árvores lhe encarar, pensou que fosse uma sombra projetada pela luz de um poste. Não conseguia enxergar direito, então estreitou os olhos a fim de focar-se melhor enquanto caminhava na direção da janela. A luz do poste começou a oscilar dificultando ainda mais sua visão, mas, queria se certificar se havia ou não alguém entre as árvores. Aproximou seu rosto da janela para enxergar melhor, quando um relâmpago clareou todo o local. Por um momento pode ver um homem de aparência cinzenta com os olhos fitados nos seus. Nimbus Esbugalhou os olhos em espanto, a luz do poste parou de oscilar e o misterioso homem desapareceu, continuou procurando com os olhos, mas não o via mais. Já não tinha tanta certeza do que vira, coçou a cabeça e começou a caminhar de volta para seu quarto. Deitou-se em sua cama e sentiu seu corpo ficar pesado, ouvia o tilintar da água da chuva bater mais forte em sua janela, sentia que seu corpo ficava cada vez mais pesado, fechou os olhos e tentou dormir.

Mexia-se na cama e respirava fundo, mas não conseguia pegar no sono; resolveu abrir os olhos, olhando para o teto escuro ficou petrificado com o que viu; O misterioso homem cinzento que acabara de ver entre as árvores pairava sobre sua cama, fitando seus olhos negros e sem vida em Nimbus enquanto se aproximava lentamente de seu corpo, seu rosto não expressava nada, consigo trazia uma energia ruim e estarrecedora que causava tristeza e horror.

Nimbus começou a sentir náuseas, não conseguia se mover e nem gritar. Seus olhos aterrorizados se encheram de lágrimas, de repente um fino feixe de luz atravessou o corpo fantasmagórico do homem cinzento, em seguida vários outros feixes de luz vindos de todas as direções começaram a surgir, afugentando o para as outras extremidades do quarto. Aos poucos o quarto começou a se encher de luz e o espírito que o atormentava se movia rapidamente pelas paredes de forma aflita procurando uma saída, os objetos no quarto de Nimbus voavam em espiral. A luz ficava cada vez mais intensa e Nimbus gritou horrorizado. Mesmo com a intensidade da luz, pode ver a silhueta do que parecia ser uma pessoa, a luz intensa brilhava forte através da janela do quarto. O espírito cinzento lentamente desapareceu na luz intensa expressando dor em seu rosto, como se estivesse sendo queimado. De repente a luz desapareceu fazendo com que tudo voltasse ao normal. Folhas de papel e pequenos objetos que flutuavam caiam no chão. Nimbus ascendeu à luz de seu quarto e olhou espantado procurando entender o que havia acontecido. Procurava pelo espírito cinzento, mas não encontrava nada, ele havia desaparecido. Nimbus se sentou na cama e começou a chorar, mas, seu choro foi interrompido por um sussurro que ecoava em seus ouvidos:

— É chegada Sua hora, não tenha medo. Nimbus olhou pelo quarto, mas não viu ninguém, pensou estar ficando louco. Deitou-se na cama, mas não ousou apagar a luz, e seus olhos não se desgrudavam do teto.

Logo pela manhã Nimbus se levantou, havia acordado um pouco tarde. Quando se deu conta que estava atrasado, apressou-se para ir para a universidade. Notou a bagunça em seu quarto e lembrou-se do que havia acontecido na noite anterior. Imagens sombrias surgiram em sua mente repentinamente, fazendo com que sentisse calafrios, por um momento se perdeu em seus pensamentos. Vestiu uma calça jeans preta velha e rasgada na altura do joelho, calçou um tênis branco com detalhes cinza e um pouco encardidos. Vestiu uma camisa preta e uma jaqueta de couro branca de capuz com detalhes pretos; e levemente justa ao corpo. Nimbus tinha estatura média, pele um pouco amarelada, olhos e cabelos castanhos bastante claros e usava três pequenas argolas de prata na cartilagem da orelha esquerda, bem agrupadas perto uma das outras. Desceu as escadas e passou apressado pelo corredor em direção à cozinha. Abriu a geladeira procurando algo para comer; encontrou um suco de laranja com aparência esquisita e um pedaço de pizza. Olhou para o relógio preocupado, para o pedaço de pizza e para o forno de microondas. Pegou o pedaço de pizza e resmungou: — que se dane. Deu-se conta que deveria ir ao mercado, já que seus pais não estavam em casa.

Saiu mastigando a pizza gelada e certamente de gosto não muito agradável. Atravessou o pequeno jardim de sua casa até chegar à calçada. Olhou para a janela de seu quarto no andar de cima por alguns segundos, imaginando como seria a próxima noite lá, então começou a caminhar em direção a universidade. O céu daquele dia era uma mescla de azul contrastando com nuvens de chuva; Era um dia frio e ventoso. Enquanto andava pela calçada, percebeu um rapaz o observando, foi tomado por um sentimento de aborrecimento, pois não gostava de ser observado. Cobriu a cabeça com o capuz da jaqueta e continuou andando, mas ainda sentia-se afetado pelo seu olhar. Nimbus nunca o vira antes, o rapaz tinha cabelos ruivos e olhos azuis, era branco e aparentemente tinha a mesma idade que a sua.

Ao chegar à universidade, o diretor lhe chamou para uma conversa.

—Bom dia! Nimbus Caled! Exclamou o diretor com um tom sério em sua voz.

—Bom dia! Senhor Trícian, respondeu desconfiado.

Trícian tinha a pele escura, olhos negros, cabelos curtos e uma aparência bem conservada para alguém de quarenta e cinco anos. Nimbus detestava quando ele o chamava pelo segundo nome; isso era um sinal de que tinha alguma reclamação a fazer. Trícian tirou os óculos, os limpou, e começou a falar enquanto os colocava de volta.

— Nimbus, como você sabe a universidade de Etáffis é a melhor da cidade; sabe também que estamos sempre fazendo o nosso melhor para que os alunos possam adquirir conhecimento com qualidade. Sendo assim, esforço é o que esperamos como retorno, mas, alguns professores me reportaram algo bastante desapontador nos últimos dias, disseram que você não faz outra coisa a não ser dormir no horário das aulas. Isso realmente me deixa muito desapontado, e preocupado, eu gostaria de saber se está acontecendo alguma coisa com você, se está passando por algum momento difícil. Então, qual o problema? Porque não consegue assistir as aulas normalmente. Trícian parou de falar e o olhou nos olhos, esperando uma resposta.

Houve um instante de silêncio, Nimbus não sabia o que dizer, procurou se acalmar e inventou uma história.

—Bem, estou estressado e não consigo dormir bem à noite, eu estive tomando alguns remédios para dormir, mas o médico me disse que isso pode levar um tempo para normalizar e eu também sofro de insônia.

—Entendo, disse Trícian um pouco desconfiado. Neste caso se houver algo que eu possa fazer para lhe ajudar neste processo, conte comigo.

—Obrigado senhor Trícian, respondeu Nimbus aliviado pelo diretor ter acreditado na sua mentira, porém logo em seguida veio a conseqüência.

—Eu sugiro que fique na biblioteca após as aulas, para reaver algumas coisas que perdeu enquanto dormia. Alguns professores estarão por lá, e podem lhe dar alguma assistência.

Nimbus suspirou e disse com uma cara desanimada: — Está bem.

— Ótimo! Respondeu Trícian.

— Haa... Senhor Trícian, se importa se eu for até a cantina comer alguma coisa? Eu perdi a primeira aula.

— bem, neste caso não há problema, mas não se esqueça de reaver seu tempo perdido, você tem vinte e cinco minutos para comer.

Nimbus saiu da sala apressado, pois estava com fome. Ao chegar à cantina, deparou-se com o rapaz de cabelos ruivos que vira há pouco. Entreolharam-se por um instante e seguiu em direção a uma mulher que estava no balcão. Aparentemente o rapaz fazia o mesmo. Ambos pegaram algo para comer; uma espécie de cachorro quente acompanhado de suco de laranja. Nimbus se sentou próximo ao balcão e começou a comer, o rapaz se sentou do seu lado e perguntou: — perdeu o café da manhã também? Nimbus o olho, mas antes que dissesse alguma coisa, o rapaz estendeu a mão e se apresentou fazendo uma cara animada.

— Eu sou Neshy, seu novo vizinho.

— Sou Nimbus, disse fazendo uma cara desinteressada e abocanhando seu cachorro quente. Neshy ficou com sua mão estendida no ar por um momento, mas não levou em consideração o ato descortês de Nimbus.

— Um momento, você disse que é meu novo vizinho? Perguntou intrigado.

— Sim.

— E quando foi que se mudou?

— Há cinco dias?

Nimbus pensou na hipótese de ele ter visto ou ouvido alguma coisa noite passada e ficou um pouco desconfiado.

— Bem, me lembrei que tenho que ir a biblioteca nesse instante, disse Neshy se levantando e enfiando um pedaço de pão na boca.

— até mais Nimbus (despediu-se de boca cheia)

Nimbus ficou calado o observando sair. Mais tarde andando pelos corredores, o avistou sentado no gramado lendo um livro, estava de costas para as janelas então parou e o observou por um instante, sentia algo estranho a seu respeito. Subitamente Neshy olhou para trás, como se estivesse sendo afetado por seu olhar, mas ao virar-se, não encontrou ninguém na janela, então voltou a ler.

Após sair da universidade, Nimbus passara o resto do dia andando pela cidade; passara pelo parque e boa parte do tempo junto ao lago. Aos poucos a noite caiu, uma lua cheia iluminava o céu de Etáffis, era hora de ir embora. Passou no supermercado e voltou para casa com duas sacolas. A caminho de casa tentava encontrar forças para encarar sua realidade.

Quando chegou à rua deserta de sua casa, começou a sentir o vento soprar mais forte, sentiu algo estranho no ar. Continuou caminhando desconfiado pela calçada. Próximo a sua casa, viu algo sair da mata e caminhar em sua direção, andava de forma bastante desengonçada, e era grande.

Um sentimento sombrio lhe veio ao coração. Aparentemente seus pesadelos haviam chegado mais cedo que o previsto, e agora se mostravam mais reais que nunca. Parou e ficou observando a silhueta de algo indistinguível na rua deserta.

O ser estranho caiu no chão e não se móvel por alguns segundos, em seguida começou a se debater, estava sofrendo mutação. Ele pensou em aproximar-se, mas, ouviu um uivo vindo de lá, então decidiu seguir caminho. Apressou-se e começou a andar rápido pela calçada. Ao passar perto do animal se debatendo, percebeu que era um lobo exageradamente grande, nunca vira algo do tipo, ficou de longe o observando impressionado. De repente uma voz lhe veio à mente.

—Desgraçado! Vou matar você, nunca vai nos parar.

Ele ficou petrificado, o lobo havia se comunicado com ele através de telepatia e o ameaçado de morte.

Começou a arranhar o asfalto com suas unhas afiadas tentando se levantar para atacá-lo. Nimbus correu em direção a sua casa, mas, ao se aproximar avistou outros dois lobos no telhado rosnando raivosamente, eram imensos comparados a lobos normais; tinham olhos amarelos e pelos negros, tinham orelhas finas e pontiagudas. Outro lobo surgiu de trás de sua casa, rosnando e fitando seus olhos em Nimbus, ele se viu encurralado e precipitou-se para dentro da floresta Edom antes que fosse atacado, deixando suas sacolas para trás. A alcatéia inteira correu atrás dele dando início a uma perseguição implacável.

Ao entrar em uma trilha na mata, podia ouvir passos pesados atrás dele, também percebeu que o número de passos havia aumentado em quantidade. Corria como nunca havia corrido em toda sua vida, a alcatéia latia e rosnava atrás dele. Os galhos que invadiam a trilha batiam em seu rosto arranhando-o, Todos corriam insanamente pela floresta desviando-se das árvores. Nimbus agia por instinto, sua visão estava tão perspicaz quanto à de uma ave de rapina noturna.

Sentiu passos bem mais próximos dele e pode ouvir a respiração ofegante de um dos lobos que naquele momento investira um ataque letal. Pulou sobre Nimbus com suas garras negras e afiadas como lâminas, porém, errou o alvo, acertou uma árvore arrancando lhe a casca e caiu no chão rolando desenfreadamente batendo em um tronco, Nimbus ouviu somente um barulho de galhos secos se quebrando e um ganido agudo.

Os outros lobos continuaram a perseguição sem titubear, Nimbus corria mais rápido que o normal, saltava troncos de árvores caídos entre as folhas vermelhas e passava pelas árvores da floresta como se fosse o vulto de um espectro. De repente surgiu um grande obstáculo, um imenso barranco a sua frente, ele teve que pensar rápido; deu um pulo humanamente impossível até o topo do barranco usando telecinésia para erguer o próprio corpo, mas os lobos se mostraram implacáveis e escalaram barranco acima atrás dele, porém algo inesperado aconteceu; uma grande bola de fogo surgiu do nada acertando em cheio os lobos, em seguida outras bolas de fogo vieram da mesma direção, cortando o negrume da noite com sua luz derrubando vários deles do barranco. Nimbus levou um susto ao perceber o fogo, mas era complicado demais pensar na lógica de tudo aquilo naquele momento. Dois lobos conseguiram subir o barranco e rodeavam Nimbus a fim de destroçá-lo. Eles emanavam um vapor e uma fumaça negra do corpo como se estivessem incandescentes. Sussurros invadiam a mente de Nimbus, tentando intimidá-lo. Os lobos estavam mais uma vez lhe comunicando através de telepatia.

- sua jornada termina aqui – não pode mais nos parar, não pode nos enviar para lá novamente, porque você não é nada.

Ambos uivaram medonhamente como se estivessem sincronizando-se e o atacou. Nimbus instintivamente usou o poder de sua mente para repeli-los, caíram de costas no chão e se levantaram raivosamente arranhando o chão partindo com tudo para cima mais uma vez. Nimbus se encontrava diferente; o globo ocular de seus olhos brilhava com uma luz branca. Esquivando-se de mais uma investida deu um salto acrobático ficando de cabeça para baixo. Movimentou os braços fazendo com que os lobos batessem contra a cabeça do outro usando a força de sua mente. Naquele momento pode deslumbrar bolas de fogo cruzando o negrume da floresta, pensou que certamente havia alguém lhe ajudando.

Ao por os pés no chão, repeliu um dos lobos, que rolou barranco abaixo e ergueu o braço direito na direção do outro fitando seus olhos nos olhos amarelados dele, girou lentamente a mão, e ao ritmo deste movimento o pescoço do lobo era torcido, ele gania e se debatia com a cabeça no chão, girou a mão mais rápido e um estalo de ossos se quebrando soou logo em seguida. O pescoço do lobo foi quebrado e ele já não se movia mais. Nimbus correu para a beira do barranco e olhou para baixo, o local estava iluminado com o fogo, tentou identificar quem estava lá, porém um círculo de fogo surgiu ao redor daquela pessoa transformando-se em um redemoinho de fogo, os lobos se recuaram, avistaram Nimbus no topo do barranco e se precipitaram em sua direção. Porém era tarde demais, o redemoinho num piscar de olhos se transformara em um grande espiral de fogo consumindo tudo a sua volta. O fogo chegou até Nimbus de forma abrupta, fazendo com que caísse sentado, o grande espiral provocava um vento que espalhava o fogo ainda mais rápido pela floresta. A alcatéia gania enquanto ardiam no fogo. Um grito de desespero vindo de dentro do espiral ecoou pela floresta, era uma voz masculina e aparentemente estava perdendo o controle. Os ganidos haviam cessado, todos foram consumidos pelo fogo. As labaredas estavam totalmente fora de controle, seja lá que estivesse dentro do espiral, precisava de ajuda urgentemente, pensou Nimbus. Seu caminho estava bloqueado, sua única opção era a psicocinésia. Afastou-se um pouco do fogo e se concentrou. Tentou influenciar a pessoa no centro do espiral, porém, A intensidade de energia era demasiada, então aumentou ainda mais sua energia para superar o fogo. Seus olhos brilhavam mais uma vez, a energia que fluía de seu corpo provocara uma tempestade. Nuvens de chuva começaram a surgir no céu, trazendo consigo relâmpagos e trovões. Um vento frio começou a soprar aumentando a umidade do ar. As nuvens se aproximavam cada vez mais rápido, cobrindo o céu com tons obscuros.

A água da chuva caiu gelada, os raios se alastravam desenhando raízes no céu de Etáffis. Enquanto a chuva caía, Nimbus continuava usando psicocinésia para influenciar a pessoa dentro do espiral a fim de Pará-la. Aos poucos o fogo finalmente cessou deixando a floresta escura novamente. Ele Desceu para ver quem era o estranho e ajudá-lo também. Aproximou-se devagar, o jovem se encontrava desacordado no chão, Nimbus não consegui mais ver direito no escuro, havia voltado ao normal e não entendia como a chuva caíra tão de repente. A floresta era iluminada apenas momentaneamente por relâmpagos, ele colocou o Jovem nas costas e o levou para sua casa.

Após atravessar a floresta Edom, uma floresta constituída por árvores de folhagem avermelhadas, chegou à rua de sua casa, estava deserta, a chuva continuava a cair, o lobo que se debatia no asfalto não se encontrava mais lá. Observou tudo a sua volta atentamente até sentir segurança o suficiente para entrar a casa. Ele não gostava muito de morar lá, sua casa era a última da rua e seu vizinho da esquerda era a floresta que cercava parcialmente sua casa.

Ao colocar O jovem no sofá de sua casa teve uma surpresa inesperada, quem lhe ajudara na floresta era Neshy, o rapaz que conhecera pela manhã. Nimbus ficou inquieto, não sabia como agir. Foi à cozinha preparar algo quente para tomar. Quando voltou Neshy já não estava mais lá. Abaixou a cabeça sentindo-se um pouco desapontado, pois tinha muitas perguntas a fazer.

Por outro lado, sentiu uma ligeira alegria, sabia que não era o único com habilidades Especiais.

Nymbus
Enviado por Nymbus em 16/04/2014
Reeditado em 17/04/2014
Código do texto: T4771107
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