Reflexos. (Capítulo 5)
n/a:Duas coisinhas que eu tenho pra dizer:a primeira é que sim,eu lembro que o capítulo devia ter saído quarta,mas esta CARROÇA que eu chamo de computador tinha que quebrar,né?Enfim,como tem pouca gente que acompanha, acho que não vai fazer diferença (#momentsrevolts).A segunda é que eu só continuo essa história por causa da Lívia e da Mar, que são as únicas que dão sinal de vida e que dizem pra continuar.E de novo,se não for pedir demais, comenta?Não,seu dedo NÃO vai cair.Além disso,pense que você estará fazendo uma criança feliz (eu) :D
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Capítulo 5:O Pesadelo.
Não,nada de casas abandonadas dessa vez.Sério.No começo,parecia mais um sonho normal e sem importância,do tipo que ninguém lembra.Eu estava em casa com a Jéssica,a Dani e a Bia,quando,do nada,a gente aparece num parque de diversões. Ok. Afinal de contas,é UM SONHO,não tem porque imaginar que é impossível ter teletransporte ali.A diferença é que o outro sonho pareia real,mas,nesse,eu SABIA que era tudo ilusão.Um sonho lúcido.
Bem,voltando ao dito cujo,estávamos lá,quando a Dani e a Bia foram fazer não sei o quê,e se afastaram. Jéssica me puxava,me chamando para ir com ela num brinquedo. Olhando em volta enquanto ela me guiava,vi que o parque não era lá muito atual.Tinha mais aquelas atrações antigas,tipo roda gigante,truques de mágica,mulher-macaco, etc.Mas ela não me puxava pra nenhum desses,e sim para uma casa dos espelhos que era afastada de tudo.Entramos lá.Eu e ela ríamos a cada forma engraçada que aparecia nos espelhos.Lá pelo meio do labirinto,enquanto nos olhávamos de novo,um vento frio bateu em mim.Estranho,já que estávamos num lugar fechado.Virei-me pra perguntar pra Jessica se ela não queria sair,aquilo já estava enjoando.Mas ela não estava mais ali.
Eu saí pra procurar, rodei aquele labirinto,e nada.Quando eu desisto e me preparo pra sair,me deparo com um espelho.Outro.Mas esse não distorcia nem fazia nada com as imagens.Enquanto eu olho,a já conhecida sensação de pânico se apossa de mim.Meu subconsciente me dizia pra sair dali, CORRENDO.Mas eu ficava parada,como se não pudesse obedecer.Como se precisasse saber porque eu estava daquele jeito.E eu soube.
Olhando pra mim,do espelho,apareceu uma coisa.Não tinha definição para o que era aquilo.A pele coriácea,os olhos completamente negros, sem pupilas.Esse treco me encarava,com uma expressão assassina na face.O que eu fiz?Gritei.E foi nessa hora que tudo se dissolveu.
Calma,Alice.Você está segura na sua casa,no seu quarto.Respirei fundo.É,não tinha nada ali.Um silêncio mortal no lugar,ao ponto de eu só ouvir minha respiração.O relógio apita quatro da manhã.Ah,que bom.Pelo meu estado de nervos,eu sabia que não conseguiria dormir.E aquele silêncio tava ficando monótono.Peguei o cobertor e desci as escadas,indo pra sala.Liguei a TV e coloquei um episódio de House pra assistir.Qualquer coisa era melhor que ficar sozinha no quarto, encarando o teto.Assisti um,depois outro e outro.Era pouco antes de seis da manhã que a Rita desceu:
-Eita menina,quê que aconteceu?Caiu da cama?
-Não, só não tava com muita vontade de dormir.A mãe e o pai tão aí?
-Sim senhora,chegaram ontem de noite,bem tarde.Seu pai só veio pegar um negócio,e sua mãe deve ficar dormindo até mais tarde.
-Tá,beleza - desliguei a TV e subi.Tomei banho e me olhei no espelho. Isso,vê no que é que dá passar metade da noite acordada?Eu parecia um panda.Ainda bem que existe o revolucionário corretivo.
Na verdade,eu tinha achado estranho sonhar com coisas muito parecidas por duas noites consecutivas.Aquele rosto não saiu da minha cabeça.Eu nunca vira uma expressão tão fria,tão amedrontadora.Mas devia ter sido só coincidência.Vai ver foi reflexo do meu dia ruim.É,deve ter sido isso.Eu tentava,em vão,me acalmar,pensar que tudo aquilo era irrelevante.Mas,no meu íntimo,eu sabia que não era.Eu sabia que precisava contar isso a alguém.
Eu tinha opções.Se eu contasse à Jéssica,ela me daria uma explicação racional de como o meu emocional afetara meu cérebro,e como isso se refletira no sonho.Mas eu não queria essa resposta.Não,não era que eu não queria.Eu não precisava.Contar pra Dani estava fora de cogitação, a menos que eu quisesse que a escola inteira soubesse disso (não que ela fosse fofoqueira,mas tinha a língua solta demais e provavelmente deixaria escapar alguma coisa).A Bia me daria uma resposta indefinida,o que provavelmente não ajudaria.
Mas sim,como eu não pensei nisso antes?É CLARO que eu sabia quem ia me dar a resposta que eu queria.Peguei o telefone e disquei o número, esperando e torcendo para que ela estivesse acordada.
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Continua???
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