ZOIÃO e a festa junina

4º episódio da série - As aventuras do ZOIÃO>>>>>>>

Era uma vez...

Uma festa junina famosa n´uma escola municipal, de uma cidade do interior chamada Esperança; era bem animada e toda a comunidade participava e prestigiava esse evento que todo ano se realizava com sucesso.

Não muito longe dali, morava um personagem muito conhecido da cidade e que conquistava a simpatia de todos. Era conhecido pelo nome de ZOIÃO. Por onde passava, todos o reconhecia e gostavam dele. Em todos os eventos da cidade, era figurinha carimbada. Sua presença era solicitada e ele fazia questão de estar presente.

E mais uma dessas festas, iria acontecer e era costume fazer a solta de fogos iluminando o céu por alguns instantes; mas era suficiente para encantar a todos. A criançada com olhares de admiração: cores e formatos que o rojão (foguete) fazia. Os adultos, viajavam no passado lembrando o tempo de criança, em que tudo era sonho e fantasia.

ZOIÃO, naquele instante, empolgado com toda aquela maravilha de espetáculo, participa acendendo e piscando os olhos (faróis) várias vezes até o fim da queima de fogos e o pessoal ali vendo a empolgação dele, diziam: “ é isso aí ZOIÃO! Mais ZOIÃO”! E ZOIÃO, fica mais entusiasmado ainda com aquele incentivo e capricha na apresentação: Pisca... pisca... pisca... pisca... e vai piscando até o final.

ZOIÃO, ali feliz com toda aquela beleza de uma festa junina. Vendo a comunidade participar do evento com muita alegria; observava agora as barraquinhas cheias de gente saboreando as delícias típicas da ocasião: vaca atolada, pastel com caldo de cana, feijão tropeiro, acarajé, beju, pé de moleque, pipoca, cocada – da branca e morena, arroz com pequi, caldo de feijão e muito mais...

Ufa! Só delícias !

A música caipira – tradicional – com sanfona, triângulo, zabumba, pandeiro; n´uma sincronia perfeita – ouvia-se de longe a toada. O rastapé animado do povo dançando ao som contagiante das modas: “fonforonfonfon... fonforonfonfon...” e tome rastapé e o poeirão subindo...

ZOIÃO, observava as bandeirolas de múltiplas (várias) cores: vermelha, azul, verde, amarela, branca; trançando todo o pátio. Balões também coloridos. Do lado esquerdo, encostado na cerca, o mastro para receber a bandeira de São João, já estava pronto. Fora pintado de branco para se destacar na noite escura e fria e ali, permanecer um bom tempo.

A fogueira, com suas fagulhas pipocando para todos os lados e para cima; fazia um espetáculo a parte. O capricho na hora de fazer a fogueira foi incrível: alta com madeira grossa, formando uma pirâmide.

Vez por outra, passava um conhecido e dizia: “ tá aí ne ZOIÃO! Só olhando a farra ”! E ZOIÃO, sempre atento e educado respondia: “ Fon Fon “ e pisca os olhos (faróis) confirmando. Passa outro: “ E aí ZOIÃO... tá gostando da festa ZOIÃO “! Ele satisfeito respondia: “ Fon Fon “ !

E a festa continuava...

Lá para as tantas, ZOIÃO já cansado, prepara-se para ir embora e guardar na lembrança aquela noite inesquecível. Prepara-se... abre os olhos (faróis), aciona a seta e bem devagar parte em direção ao trevo que dá acesso ao bairro que mora.

Contorna e daí algumas quadras a diante chega em casa. Entra na garagem e apaga sonhando com as cenas vividas naquela noite linda de São João.

E assim, termina mais uma estória do ZOIÃO.

FIM

Participação especial na criação das estórias: Lucca Giuliano.