Chuvinha Pinga Pinga

Chuvinha Pinga-pinga

Plinc, plonc,

plonc, plinc,

uma cantoria sem fim.

Chove fino.

Lá fora, os sapos

coaxam no jardim.

Plinc, plonc,

plonc, plinc,

coral de pingos de chuva,

flores sedentas se abrem.

Traz poesia e vida

a chuva no fim da tarde!

Plinc, plonc,

plonc, plinc.

Chuva mansa a correr é riacho.

Banha o chão a dançar,

deságua entre as pedras,

doce fonte a cantar.

Plinc, plonc,

plonc, plinc,

fina chuva no telhado.

Molha a calçada, banha o mato,

suave melodia

o coral de chuva afinado.

Plinc, plonc,

plonc, plinc,

névoa e sereno.

Pinga, pinga, esverdeia a mata

alegra o dia a bela

chuva de prata.

Plonc, plinc,

plinc, plonc.

Doce chuva calma,

De gota em gota a fazer

lagos, rios, riachos

a banhar os dias de paz.

Plinc, plonc,

plonc, plinc.

Abençoada chuva molha a terra,

germina sementes,

alegra as crianças

e a alma também floresce

de fé, renovo e esperança.

(Paula Belmino)