A menina que não tinha boneca
Era uma vez uma menina
Que nunca vira uma boneca.
Nunca vira uma boneca
A sua pequena retina.
Sem saber que aquela era a primeira
A tia lhe trouxe uma de prenda.
A menina olhou meio cabreira
E puxou-a pela sainha de renda.
Não se sabe, até agora,
Quem foi mesmo a primeira:
Quem primeiro a outra adora;
Quem foi a primeira beijoqueira.
Sabemos só que a pequena
Hoje não é mais menina sem boneca.
Hoje ninguém dela tem pena:
Tem até boneca careca.
Ela chamou assim as bonecas:
A primeira foi Moleca.
A segunda, Rebeca.
A terceira, Neca.
A quarta, Soneca.
A quinta, Fulustreca.
A sexta, Maneca.
A sétima, Perereca.
A oitava, Sapeca.
A nona, Teca.
A décima, Rabeca.
Depois ganhou uma peteca.
Nunca mais ganhou boneca.
Era uma vez uma menina
Que nunca vira uma boneca.
Nunca vira uma boneca
A sua pequena retina.
Sem saber que aquela era a primeira
A tia lhe trouxe uma de prenda.
A menina olhou meio cabreira
E puxou-a pela sainha de renda.
Não se sabe, até agora,
Quem foi mesmo a primeira:
Quem primeiro a outra adora;
Quem foi a primeira beijoqueira.
Sabemos só que a pequena
Hoje não é mais menina sem boneca.
Hoje ninguém dela tem pena:
Tem até boneca careca.
Ela chamou assim as bonecas:
A primeira foi Moleca.
A segunda, Rebeca.
A terceira, Neca.
A quarta, Soneca.
A quinta, Fulustreca.
A sexta, Maneca.
A sétima, Perereca.
A oitava, Sapeca.
A nona, Teca.
A décima, Rabeca.
Depois ganhou uma peteca.
Nunca mais ganhou boneca.