Broncoloca Bactéria
Broncoloca Bactéria é cheinha e colorida
Usa flores no cabelo, usa roupa atrevida
Mexe com os moços bonitos, com cara de safadinha
Faz “psiu psiu, brotinho”, e depois da uma piscadinha
Uma vez teve um padre, que era moço e bonito também
Ai ela mudou a cantada, falava “psiu psiu, Amém”
Seu apelido ninguém sabe de onde veio
Mas ela não liga, não acha que é nome feio
Se a chamam Bactéria, ela responde “ta com fome?”
Mas não é briga, é charminho, pois não tem outro nome
Existe uma teoria, do povo maledicente
Que diz que o apelido é porque quem come fica doente
Tadinha da Bactéria, sempre cheia de amores
Mas junto com seu sentimento, veem também suas dores
Dizem que seu poder é achar casamento certo
Todo moço que ela apaixona, é por que o amor está perto
Ela olha gosta, e pronto, aparece a cara metade
Só que sempre outra moça, olha só que maldade
Ai, o povo sabendo, tentam explorar seu poder
Os rapazes a tentam seduzir, querendo aparecer
As mães querendo casar filhos, a tratam com gentileza
As moças querendo marido, lhe trazem gostosas sobremesas
Mas ela não sabe aproveitar, dessa bondade fingida
Pois não suporta a falsidade, e fica puta da vida.
E ai começa a cantar bem alto, o Fado da Periquita Audaz
A pessoa fica assustada, dá meia volta, e vai pra trás
Por isso o povo acha que ela veio de Portugal ou Madeira
Ou de uma tribo cigana, onde era alcoviteira
E depois de cantar seu fado, vai sempre tomar uma pinguinha
Acompanhada de um torresmo gordo, rolado na farinha
E assim vai levando a vida, a Bactéria atrevida
Arranjando marido pras moças, mas pra ela necas de pitibiriba
Mas ela espera suspirando, por seu príncipe encantado
E tomando uma pinguinha de leve, quando dá tudo errado
Ah lembra do padre, do psiu psiu amém?
Pois é, largou a batina, arranjou uma esposa também.