Ode marginal

Eu era um traço que ela desenhava com o dedo nu.

Ao alto

Eu tinha doses de desespero pra quando as coisas estourassem, ou a comida acabasse.

Eu ando num salto.

Um camelo no cigarro.

Ou ao contrário?

Água custa caro...

E o carro?

"Jah"andava descalço.

Nesta caverna nasci.

Mudei.

Adormeci.

Há um canto que nos leva devolta pra casa.

E logo perde-se os dedos.

Amassados na porta.

Na dobra.

Eu contei nos dedos.

Agora são pingos d'água.

Cachaça, que arde nu...

Minha palavras embriagaram-se.

Tu esperava na porta. Sentada.

De onde ouvia-se o rouxinol. Mal-amada.

Quisera perguntar-te, por quê o mundo é mundo e quem fora sem sorte...?

Superstição era teu nome. Um feito forjado entre garrafas de álcool.

Desdém era um cansaço.

todo dia na labuta.

Um prato. Febre.

Meia duzia de orações.

Corações.

O castiçal.

Lembrava em notas. As rotas do mapa.

Água doce, água salgada.

A decompor-se as metáforas. Quando, de repente eu estivera parado, no lugar. E de lá ouviam-se vozes.

Estávamos debaixo d'água.

As lágrimas da cidade.

Inundam as paradas.

A boca e os olhos largos.

Olhares longos.

Onde, no tempo, eu descansava.

Só, em tom dó.