AO MESMO TEMPO

A poesia abre mil caminhos,
Retira os espinhos, os desalinhos,
Impregnados nas dobras da existência.

A poesia redime as almas errantes,
Torna-as edificantes, flutuantes,
Participantes da soante transcendência.

A poesia tem a enigmática contextura,

De ser razão, ao mesmo tempo, loucura.