ANTES DO AMANHECER

Alma nômade, solitária caminhada,
Nas esquinas frias da estranha madrugada,
Exposta ao roufenho ululo do vento.


Alma quase insignificante, quimeras fragmentas,
Primavera distante, inconstantes olhadas,
No matiz cinzento que entraja o firmamento.


Alma resistente, procura no prenúncio do alvorecer,

Algo que a enterneça, que a impeça de enlouquecer.