Poesia de... 

Lavirol Uedat Sepol ad Avlis (lido ao contrário) 

Poesia de categoria "HUMOR", um dia declamada por uma grande poetisa do Recanto das Letras, com uma deliciosa maestria em declamações de poesias, até de HUMOR. Não é mais pela letra desta 'triste situação' em forma poética quando todos nós envelhecermos (porque já lí, reli e ri dezenas de vezes) mas é pelas gostosas gargalhadas que a poetisa dava enquanto "tentava" declamar e não conseguiu chegar ao fim sem perder o fôlego de tanto rir. Ainda guardo o áudio com carinho em meus alfarrábios.

Vamos à leitura...

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COMO É TRISTE VÊ A VEÍCE CHEGÁ

Vô contá como é triste ao vê a veíce chegá,

Vê os cabêlo caíno e vendo as vista incurtá.

Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá,

Vê aquilo esmoreceno, sem força prá levantá.

 

As carne já vão sumino, vai aparecêno as vêia,

As vista vai diminuíno e cresceno a sombrancêia.

As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia,

Os ôvo fica dipindurado e o pinto sempre arquêia.

 

A veíce é uma triste doença que dá em todo irmão,

Dói os braço, dói as perna e dói os dedo da mão.

Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão,

Dói tudo e ninguém qué mais vê o jogo do timão.

 

Quando a gente fica véio, tudo de ruim acontece,

Vamos passano pelas rua e as menina se oferece.

A gente óia tudo, mas pede discurpa e agradece,

E vai logo correno pro médico de plantão do INSS.

 

No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava,

Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.

As menina mais bonita, da cidade eu bolinava,

Eu fazia sexo todo dia, o bichim nem descansava.

 

Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis

As coisa que eu fazia, hoje já num sô capaiz.

O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz,

E prá falá a verdade, nem trepá eu trepo mais.

 

Quando chega a veíce, tudo na vida vira desgraça,

Até pra cantá as muié todo hóme véio se embaraça,

Quando pega a muié, vai pra cama, beija e abraça,

Porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça.

 

(Lavirol Uedat Sepol ad Avlis ) lido ao contrário

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 18/10/2022
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T7630576
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