Arraiá SOLIDÁRIO, uma ova!

Vou ter sim um arraiá SOLITÁRIO
Vou comer toda a pipoca daquele veio otário
E se ele fizer cachorro-quente
Ele que se cuide, vai ser pra mim somente

E a batata doce que ele está ali a cozinhar
Vou resisti não, meu sinhô, estou aqui a babar
Já fui bonzinho sim, armava até a fogueira
Hoje não sou mais, não dou bobeira

E o pinhão cozido em água fervente e sar
Tranca os intestino deles, gente do mar
Abocanho logo dois bocado e meio
E saio até doido com os buxo cheio

E tem as moças bonita, mas meio banguela
Não tiveram dinheiro pros dentista, as zé arruela
Tem corpo bonito, mas não gostam de estudá
Passam o dia no portão pra mode fofocá

Os mio verdi é tudo de bão
Encaro pamonha até com quentão
Bom pra aumentá a autoestima
No xavecá sai até rima
(Contribuição dessa estrofe do meu amor e poetisa linda SIMONE MEDEIROS)

Vejo o veio banguela de olho no fubá 
Chega até os zoios dele lacrimejá 
Eu que num sô trôcha, comprei primero 
E o veio brabo me xingô de grossero
(Mais uma contribuição dessa estrofe do meu amor e poetisa linda SIMONE MEDEIROS)

No arraiá tem uns doce que sô vidrado
Inté as moça fica com os zoio virado
Mas tumém, quem num gosta de brigadero?
Por uma dúzia troco até de lugar com o sanfonero
(Mais uma contribuição dessa estrofe do meu amor e poetisa linda SIMONE MEDEIROS)


As rapadura, meu sinhô,  quero comê de se fartá
Como umas 20 de vez até os dente estragá
E a moça que passou com um balaio cheinho delas
Nem viu,  mas até borrifei uns sarpico de canela


Por isso, não vai ter arraiá solidário de jeito nenhum
Quero todo mundo longe, não estou pá jejum
Quando as pipoca começarem a pipocar
Peço po homê olha de lado, e vou tudo levar

Esse chapéu de paia e camisa de cowboy
É somente disfarce porque sô feio que dói
As bota foram alugadas pos pé aquecer
Não vim aqui pra dançar, somente comer
Oxente!
Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 23/06/2021
Reeditado em 23/06/2021
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