FRIO DE "VERÃO"

O frio fora de estação trouxe um cortante vento,

A temperatura que era alta, baixou-se num momento.

O ar ficou muito úmido, com baixíssima temperatura,

A noite veio chuvosa, com trovões e muito escura.

O frio aumentou pois, o dia permaneceu nublado,

Com aquele frio, quase todo comércio ficou fechado,

As escolas, os correios e a prefeitura não abriram,

Ia começar uma greve mas, os operários desistiram.

Poucas lojas abriram, mas não existiam compradores,

Pois a população estava de baixo dos cobertores,

Roubos, furtos e fraudes quase não aconteceram,

Os ladrões que tentaram, de frio quase morreram.

O frio fora de tempo pegou a população desprevenida,

Com as poucas roupas de inverno, ficou toda encolhida.

A maioria dos riachos do lugar teve seu leito congelado.

A cidade ficou sem água, para o gasto e para o gado.

No dia seguinte, brilhante e quente o sol reapareceu,

Por muita sorte nenhum dos moradores adoeceu,

Com o aquecimento todas as lojas, suas portas abriram,

Frio rigoroso como aquele, os moradores nunca sentiram.

Os meteorologistas tentaram uma explicação convincente,

Puseram culpa no efeito estufa, na maré, nada coerente.

Esses fenômenos raros a ciência, ainda, não explica,

As queimadas, a poluição dos rios, do ar, isso se justifica.

Republicação com modificação.

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 18/11/2016
Reeditado em 18/11/2016
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