Meu animalzão de estimacinho!

O que ninguém sabia era que eu tinha uma vaca

Ela era tão gorda porque somente pastava

Ia na grama do vizinho perto de um morro

E além de comer tanto, ela ruminava

E lá na casa do meu vizinho, pertinho do morro

Era uma casa simples, no barranco encostada

O telhado de uma tinta vermelha

E a parede sempre bem pintada

Um dia sem percebermos, caiu a chuva fininha

Mas em alguns minutos virou aquela chuvarada

Aos poucos, então, toda a terra do morro

Foi envolta em uma grande enxurrada

A minha vaquinha de tão gorda, foi escorregando

A pobre que nem praticava esporte, foi patinando, apavorada

E logo, logo quando deu por si, desceu o morro

Rodopiando qual uma bailarina gorda e azarada

A pobre foi parar lá no telhado

E ali ficou como uma baleia encalhada

E, coitada, o susto foi realmente grande

Que com o capim, ficou até engasgada

Quando ela morreu, o meu pai ficou com dó

De assá-la no churrasco ali na mata

Choramos no enterro e colocamos ela na cova

E tapamos ela toda, até as suas patas!

R.I.P. minha vaquinha!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 05/09/2016
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