Por eu ser extremamente fofinho...

Peguei-me olhando para mim mesmo a esmo

É gente, eu, eu mesmo...

Piscando para mim, me flertando

Babando por mim mesmo, me paquerando

Pisquei um olho para o outro

E o outro olho para o um

E depois de um sorriso cativante

Tornei-me de mim mesmo amante

Era tanto amor envolvido naquele espelho

Que acho que vou dar a mim mesmo um conselho

“Cuidado com esse cara de pau, abestalhado”

“Depois que ele te pega, já era, serás de todo amado”

E quanto mais eu olhava para a minha linda tez

Mais eu via quão fofinho a minha mãezinha me fez

Olha que pernas lindas, embora brancas, sem bronzeado

São quase de parar o trânsito, me deixando apaixonado

A barriguinha, bem, essa eu nem comento

Porque apesar de ser fofinho, ela é o meu tormento

Mas quem manda ganhar a vida sentadinho?

Quando poderia ser mais ativo, pelo corpo ter mais carinho

O nariz de batatinha

Tem a ponta achatadinha

Mas nada que me enfeie e que me faça pior

Aliás, pelo nariz ser assim, ele cheira bem melhor

Quando me tranco no meu Box para tomar uma ducha

Gente precisa ver, a minha pele sai lisinha e nem repuxa

Um cremezinho nesse fofo e amado rosto

Um fator 70 para mais tarde não ter desgosto

A boquinha não é de pedir beijos, exatamente

Nem é aquela de coraçãozinho, mas é sorridente

Beija bem porque os lábios são algo que amo usar

Quando “nelas” eu encosto para amar e abusar

Vestindo uma Pólo preta por mim lavadinha, me visto gostoso

Desodorante no sovaquinho e um perfume cheiroso

Treino a mim mesmo no espelho muitos sorrisos

Porque conviver comigo mesmo é assim, só riso!

E o meu coração, então

É o que de mais lindo tenho, a minha inspiração

Ele ama, chora e sente solidão e ainda faz de tudo o que ele quer

Quando deseja e ama uma verdadeira mulher

E para finalizar, eu ainda vou lhes contar:

A paquera comigo mesmo dura o dia inteirinho

Por eu amar tanto esse fofinho

Que caiu do céu para a vida de todas alegrar

Quando elas vêm gostosas me paquerar!

Xiii preciso tirar essa marca de boca do espelho!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 23/01/2016
Reeditado em 30/01/2016
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