Eu acho que estou louco, mas é questão de opinião feminina!

Ela chegou em casa e eu estava dançando ao som de uma música linda, dançando sozinho diante de uma mesa linda arrumada com pães, queijos e vinhos. Eu estava loucamente feliz pela vida, loucamente apaixonado por mim mesmo, ainda na esperança de conquistá-la novamente, apaixonado pelos sentimentos que batem forte no meu coração! Mas.........Olhem só Recantistas o que aconteceu.....Não perdem por esperar em ler até o fim!

Ela - Amor, por que isso tudo? O que aconteceu? A gente não está muito bem e você dançando ao som de uma música alta. Buzinei o carro dezenas de vezes e você não ouviu para abrir o portão para mim? O que está acontecendo?

Eu – Desculpe, é que estou muito feliz e por isso arrumei toda essa mesa para nós, para tentarmos mais uma vez. Temos que celebrar a vida se não a morte nos celebrará! A morte do nosso amor, a morte do desamor, a morte da falta de sentimento. Vai amor, prove alguma coisa, tudo feito com carinho, tudo feito com muito jeitinho, não gosto de cozinhar, mas venha aqui provar, venha aqui para me aprovar, tentei rimar! Vamos dançar? Beba esse vinho que foi feito por mãos calejadas do trabalho, mãos que nem sabem que tem um casal aqui bebendo a vida, bebendo o fim de uma separação!

Ela – Amor, o nosso relacionamento desabando e você arruma uma mesa linda dessa? Quanto não deve ter custado tudo isso para a gente começar o processo de separação? Poxa, desmanche tudo isso para que a gente converse, para que a gente tome cada um o seu rumo.

Eu – Por que desmanchar o que eu tanto amo quando estou feliz? Por que desmanchar o símbolo de algo que fomos e o que ainda sentimos, apesar dos pesares? Deixa tudo do jeito que está porque fui eu que arrumei se não quiser nada tomar, nada beber, vamos conversar.

Ela: Amor, não dá mais. Eu não sei de onde você tira tanta alegria e motivação, quando o nosso amor está morrendo. Poxa, o que realmente está acontecendo? Onde está tudo o que prometemos um ao outro? Eu ando triste, ando amargurada pela vida, pelo muito trabalho que tenho tido. E você celebrando a vida com vinhos e queijos? Poxa, onde “está” você?

Eu – Eu estou aqui para você sempre, mas estou invisível, você entra e sai, me esqueceu, pensa somente na sua vida profissional, pensa somente em si mesma. Eu penso em celebrar o nosso amor. Eu preparo tanta coisa para nós e sempre há uma desculpa para trabalhar, realmente vamos nos separar. Um laptop nos separa todas as noites!

Ela – Olha, vamos sim. Vou dormir em algum lugar, casa de amigas ou de minha mãe. Vamos ver tudo amanhã e você, por favor, me liga logo de manhã! Vamos resolver tudo isso logo!

Terminei de tomar aquele vinho maravilhoso, comi todo o queijo (muito caro para por fora). Ela partiu, ouvi o seu carro indo embora na rua molhada da chuva, fria de inverno.

Olhei para o meu telefone, WhatsAPP. "Ei what’s up, amor? A louca pela vida dela já foi embora querido?” – Venha aqui porque estou dançando também pela vida, pelo seu amor, por um amor de liberdade, por um carinho lindo e por uma noitada de pães, queijo, vinhos e muito amor. Vem querido poeta, vamos dançar a noite toda, celebrar o que há de mais lindo que é o amor de um casal que se ama, amor que também esperamos tanto tempo viver. Vem aqui ou eu vou ai? Te amo!

Conclusão 1: Quando se perde a alegria pela vida, quando se leva a vida muito a sério, quando paramos de nos amar mais do que amamos os outros, quando se fica emburradinha e se faz cara feia o tempo todo de mau humor, sempre vai haver uma segunda que também dança, que também larga tudo para amar o seu amor, sempre vai haver alguém disponível cuja afinidade é idêntica à sua, sempre vai haver uma grande mulher te esperando nua, nua de roupas e de preconceitos, sempre vai haver um grande amor para substituir as vicissitudes da vida!

Conclusão 2: “Quando não se dá assistência, abre-se para a concorrência e perde-se a preferência”

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 20/01/2016
Reeditado em 22/01/2016
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