O VALENTÃO NO CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL

O matuto era mais grosso que cabelo de fiofó de porco. O valentão pegou o rebento da irmã no colo e bateu as portas do cartório do registro civil da freguesia cafundoense para qualificar o bruguelo. O cabra pretendia tornar o sobrinho cidadão dando um nome decente: – Jovem senhorita moça bom dia! Trouxe esse cabrinha para registrá-lo, quero um nome a altura da sua beleza e inteligência, concluiu o veião. A escrevente esbanjando simpatia sugeriu: - Senhor, vamos registrar o bichim com um nome iniciando pela primeira letra do alfabeto, ou seja, (A) e o restante do nome provindo da charada: o latido do cão ‘au’, a marcha que faz um veículo andar para trás ‘ré’ e finalizar com a marca da famosa calça americana ‘lee’, sendo o sufixo trocado por (I) ou (Y). - Peraí moça, com psilone não! Nossa familia só tem macho com sangue nuzóio, o nome do meu garoto com a última letra de pernas abertas nunquinha! Essa letra induz o bichim desviar a conduta mais tarde. Assenta ai o nome do moquele com a letra (I) no final, Aureli, assim não corre o risco dele crescer com o jeito...