Ritinha, aquela garota!
A Ritinha era do tipo: “último número na agenda dos “cara”.
Não era bonita, mas estava sempre disponível.
Era do tipo desfrutável, estava acostumada.
Sempre estava lá, chegava primeiro, era manjada.
Como toda garota, assim, era solitária.
Raspas e restos sempre lhe interessavam
Ela, embora simples, era engraçada
Os “cara” sabiam, a Ritinha era sempre da moçada
No final da noite, só ela sobrava.
Sempre com um sorriso, já sabia do destino.
Resignada, então, olhava para os lados, para a rua.
Saia de fininho, chorando, mas sempre na sua.
“Arroz de festa”, não mais a incomodava.
Era forte, sorridente, a todos apoiava.
Quando se dirigiam a ela, era para perguntar sobre outro alguém.
Ela respondia, tudo sabia, não desapontava ninguém
Até a velha piada: “Quanto mais ria mais vontade de “Ritinha”
Não a perturbava, porque qualquer coisa era alguma coisa.
Ria de tudo, em tudo estava sempre atenta.
Homens vão, homens vêm, ela tudo aguenta.
Mas o tempo passou e lá se foi a Ritinha de todos
Nunca ficamos sabendo porque ela estudava
Porque mais que cultura, queria ser a provedora da gente.
Mais do que provedora, queria mostrar que não era mais adolescente.