Aposta de solteiro e casado

Quando eu era garoto, nós íamos às festas juninas e, ficávamos em roda da fogueira ouvindo os causos que os bons contadores contavam. Bons tempos eram aqueles. Dá-me uma saudade!

Ouvi uma que achei muito engraçada e resolvi postar em minha escrivaninha.

Dois amigos eram sócios; trabalham na lavoura; tudo o que colhiam era dividido em partes iguais. Um casado e outro solteiro. O casado um dia tomou a liberdade e disse ao seu amigo: --“por que você não arruma namorada e casa? Essa vida de solteiro deve ser muito ruim”!

“O solteiro explicou: -” Eu não me casei até agora porque não confio nesse bicho. “Todas elas são falsas e ingratas.”

O casado sentiu-se ofendido e retrucou: “você não pode fazer esse julgamento injusto porque eu confio muito em minha mulher. Nós até fizemos um juramento que se um de nós morrermos, o outro vai ficar solteiro para o resto da vida.”.

“O solteiro para gozar com o casado argumentou: -” vamos fazer uma aposta; você finge de morto e eu vou tentar conquistar a sua esposa no velório.

E apostaram um porco gordo, uma quarta de milho e um cavalo arriado.

E a tarde ao voltarem para casa, quando pertinho da residência do casado, o mesmo se fez de morto e o solteiro carregou-o nas costas. Quando a esposa viu o seu amado carregado, caiu em pranto desesperador. O autor dissimulou muito bem prendendo a respiração. Qualquer um jurava que ele estava morto mesmo.

Arrumaram uma padiola, porque lá na roça naquele tampo ninguém usava caixão; colocaram-no dentro e cobriram-no com flores.

“As vizinhanças vieram todos para velarem o corpo e, a esposa desesperada não parava de chorar copiosamente, e dizia: --” Esse homem foi para mim um santo sem defeito. Tudo o que precisava, ele fazia sem pestanejar. Nunca mais na vida eu vou querer outro homem. Amor é só o primeiro!

O casado explodia por dentro de tanta felicidade. Além de ter uma esposa magnífica, havia ganhado a aposta.

Quando chegou lá pela uma hora, o solteiro começou a contar umas anedotas para descontrair o povo, percebeu que ela deu uma risadinha. “É como diz o Zé bonitinho: - mulher sorriu tá no papo”.

“E começou a cortejá-la, dizendo: - Eu sempre tive uma paixão ardente pela senhora, mas como respeitava muito o seu marido, nunca tive a coragem de me aproximar. Portanto, o destino assim o quis. A senhora é tão bela e nova; não pode desperdiçar a sua felicidade só porque perdeu o amor de sua vida. A morte levou o seu corpo, mas o seu espírito está no céu esperando por ti. Ele pediu na hora que estava agonizando que eu tomasse conta da senhora. Se por acaso quiser, respeitamos o luto e, daqui um ano podemos casar. A senhora topa”? Ela respondeu sem pestanejar: -“tomo”

“O solteiro pra caprichar mais na conversa e irritar o pseud. defunto, disse-lhe: -” Só que eu tenho um defeito. Faço xixi na cama de vez em quando. Ela toda saliente falou:-“ não tem importância, não. Esse porco que tá aí, fazia até cocô.

O casado levantou-se do caixão e deu uma surra na mulher na presença de todos.