HUMOR – Dor de dente!

 

            A vida está muito difícil, todavia e apesar disso o povo se mete a casar. Muitas dessas uniões não têm mais graça alguma, porquanto o belo do contrato nupcial era a virgindade da mocinha, pois o sujeito tinha o prazer de ser o primeiro a percorrer aqueles caminhos saborosos.

            Mas o mundo cresceu muito, a mulher conseguiu a sua independência, competindo de igual para igual no mercado de trabalho (embora ainda haja alguma discriminação), e nos namoros de hoje, cujo nome me parece é ficar, tornando os casamentos meio sem graça, se o cara não demonstrar que está a fim mesmo ele será convidado a se retirar, eis que as meninas querem logo ver o carimbo. Lacre mesmo só nas urnas eleitorais... E nem mais, porque o voto é eletrônico.

            Na verdade, o tempo de lavadeira e de cozinheira já se foi há algumas décadas; costurar também, nem pra colocar um botão numa roupa qualquer do marido ou dos filhos. Aquele negócio de Amélia, da música interpretada pelo Ataulfo Alves: “Amélia não tinha a menor vaidade, Amélia é que era a mulher de verdade...”, acabou mesmo. Entretanto, há muitas exceções no particular...

            Pois bem, conta-se que o danado do Cabecinha havia marcado a data de seu casamento. No exato dia do matrimônio, uma festança pra ninguém botar defeitos, ele era só contentamento, assim consta dos arquivos do domínio público.

Quando os convidados se foram, e já era muito tarde, ele já puto da vida colocou sua mulher no automóvel e se deslocara para o hotel de cinco estrelas qua havia reservado para a lua-de-mel...

Ufa, enfim, sós, dissera a sua esposa querida. Falar aqui dos preparativos, das preliminares seria necessário muito espaço no disco do pc, de sorte que naqueles beijos e abraços apertados, ele triscou na bela encabaçada. – O que é isso, rapaz, você não vê que estou de regra?  (+) – Puxa vida, mulher, porque não me avisou com antecedência? – Foi você que marcou a data do evento, não tenho culpa alguma...

(+) Menstruação.

Ele foi lá e veio cá, e naquela fome da moléstia dos cachorros que estava apelou: “O jeito que tem é você virar minha nega”. – Tenha vergonha na cara, por acaso não sabe que fui operada de hemorróida faz dez dias; respeito é bom e eu gosto! – Puta que pariu, pensara o Cabecinha. Daí ele foi lá ao banheiro, apenhou uma bacia, nela colocou água perfumada, e foi se aproximando da gostosa. – O que é que você está imaginanhdo homem? – Nada, nadinha, diga que está com dor de dente, vá...

 

Em revisão.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 05/06/2010
Código do texto: T2301029
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