O caixeiro viajante e a Pequenina.

Depois de muito procurar por um lugar para pernoitar, o caixeiro viajante, finalmente encontra uma pousada, à beira da estrada.

- Boa noite! Meu amigo, eu preciso de um quarto...– fala o caixeiro viajante.

- Amigo, todos os quartos estão ocupados...

- Existe alguma outra pousada por aqui? – pergunta

- Nessa redondeza essa é a única – responde o proprietário da pousada, e sugere:

Se o senhor quiser, pode dormir com a Pequenina.

Olhando para o lado ele avistou um banco, desses cumpridos...

- Não se preocupe, meu amigo. Eu durmo aqui neste banco do alpendre. Eu só quero um teto. São só mais 4 horas para descansar...daqui a pouco já é dia e eu vou embora...

- Que é isso... dorme lá com a pequenina..... Quando acontece essas coisas é assim que resolvemos a situação..

- Não quero incomodar, não. Eu durmo aqui mesmo.... – e pensava com seus botões “essa criança me faz xixi, chora..." – Não . Não se preocupe, eu durmo aqui mesmo!

- Então, seja como quer.

Mais tarde, já com o dia clareando, o galo cantando a todo pulmão, o caixeiro viajante se levanta, vai até o banheiro para fazer sua higiene bucal quando, passando pela cozinha, vê uma mulatinha, toda gostosa, preparando o café.

- Bom dia, senhor, dormiu bem naquela cama improvisada? – pergunta a mulatinha.

- É... mais ou menos. Estou todo “quebrado”, mas isso vai passar. E você, quem é?

- Eu sou a Pequenina, senhor.

Pensativo e intrigado, balançando a cabeça num sinal de surpresa:

-É você a Pequenina?....

- Sim, sou eu.. e o seu nome, qual é?

E ele todo contrariado....

- Bobão minha filha, bobão, esse é o meu nome.