HUMOR – Na Paraíba
A foto é de uma máquina de fabricar dinheiro captada no Google.
Tudo teria ocorrido em Campina Grande, cidade próspera do nordeste, uma das principais da região, cujo clima é ameno, tanto que é conhecida como a Rainha da Borborema, em face de se situar numa serra íngreme, por isso que os brasileiros deveriam conhecê-la em seus passeios de férias.
Pelos idos da revolução de 1964, querendo mudar tudo neste país, os dirigentes da área econômico-financeira (ainda não havia o Banco Central) resolveram criar novas cédulas de papel-moeda, a fim de melhorar o meio-circulante nacional, tendo em vista que as em uso estavam muito fácil de ser falsificadas pelos larápios que já abundavam no país.
Pois bem, mandaram as ordens e os modelos para a Casa da Moeda, que sempre fora especialista na matéria, e até fabricava o dinheiro de outras nações, em face da qualidade do produto, que era apreciada e elogiada por todos.
Um esperto funcionário ouviu o galo cantar e não sabia onde. Juntou-se a seus comparsas, saíram na frente e numa gráfica de São Paulo, a grande metrópole, mandaram elaborar uma quantidade estúpida de cédulas de vinte cruzeiros, pedindo a maior pressa possível, eis que queriam colocar o lote em circulação um pouco antes do governo. – Dentro de uma semana a encomenda estará pronta, falara o gerente da empresa.
Dito e feito, no exato dia da entrega os vigaristas notaram que houvera um erro de comunicação e o que apresentaram foi um lote expressivo de cédulas, porém de dezoito cruzeiros. – Mas de dezoito, onde que vamos passar esse dinheiro todo (?) vai dar na cara. – Talvez na Paraíba os senhores consigam êxito, falara o proprietário da gráfica. – Mas a Paraíba é enorme, tem muitas cidades, por onde começar? – Olha, nós sugerimos que tentem logo em Campina Grande, pois lá eles mudam tudo, até Kombi eles fazem adaptações para transporte alternativo e com primeiro andar; revólver Smith eles transformam em Taurus e vice-versa...
Com a promessa do fabricante de que se não desse certo eles nada pagariam pelo trabalho, alugaram um caminhão trucado e se meteram pela estrada rumo àquela cidade, cujo comércio era de uma intensidade fora do normal; nem sequer para dormir eles pararam, revezavam o volante, lanchavam ali mesmo, até que chegaram bastante exaustos em plena luz do dia.
Vislumbraram uma loja de tecidos com muito movimento, e depois de tirar no par ou ímpar quem arriscaria primeiro o sortudo pegou uma cédula e arriscou: -- Boa tarde cavalheiro. – Boa tarde, respondera o encarregado. – O senhor poderia trocar esta nota de dezoito cruzeiros, pois quero pagar ao rapaz do estacionamento? – O funcionário olhou para o dinheiro, verso e anverso, colocou-o diante dos raios do sol e nada vira de anormalidade; um momentinho, por favor.
Foi lá dentro e trazendo algumas notas perguntara: -- O senhor gostaria de receber duas cédulas de nove ou três de seis cruzeiros, indagara-lhe o lojista...
Uma lição: Não se deve colocar em cheque a criatividade da gente sofrida do nordeste.
Qualquer semelhança é mera coincideência... ficção.
Em revisão.
Domínio público.