HUMOR – No cemitério!

 

            Josa, o falecido marido de dona Laurinda fora enterrado sem pompa, pobre que era no bairro onde morava, no interior do nordeste sofrido... Até pra enterro os ricos não têm disposição de comparecer... é sempre menos um...

            Laurinda era antes de esposa uma amante extraordinária, que sabia dar ao “de cujus” o carinho e a felicidade que merecia, ao menos em matéria de sexo. Ele correspondia à altura, sabia controlar seu prazer e deixá-la no comando das ações amorosas; depois explodiriam juntos, na mesma hora, e esse espetáculo é dos melhores.

            Com a morte do Joca ela não se acostumara... Havia jurado amor eterno... nenhum outro homem entraria no seu caminho, custasse o que fosse...valeria o sacrifício de mulher honrada.

            Pois bem, fizera uma jura de comparecer todos os dias à cova do amado marido e fazer o primeiro xixi do dia, no que se encabulava o mestre coveiro, curioso que ficara com tal atitude daquela mulher de muita fibra e de muito conceito na sociedade local.

            Decidira então o guardião dos defuntos comparecer à presença dela, após uma micção abundante, e perguntar-lhe das razões que levavam a que praticasse aquele ato tão estranho. – Por que a senhora vem todos os dias aqui no recanto do seu marido e faz xixi (?), poderia me explicar. E ela humildemente, voz embargada: -- Ah! Senhor coveiro, agente chora por onde tem saudade!

 

Domínio público.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 13/04/2010
Reeditado em 13/04/2010
Código do texto: T2193659
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