MUDANÇA NO CARNAVAL
 
Chegou o caminhão de mudança. Suas grandes portas se abriram. Chegaram na calçada os móveis, eletrodomésticos, mesa para computador, caixas e mais caixas grandes e pequenas, de madeira ou de papelão. Dois carregadores, naquele calorão, estavam quase derretendo. O terceiro, dentro do caminhão arranjava um lugar para sofás, colchões, cadeiras, geladeira, enfim, toda a tralha.

De repente começaram a chegar as plantas em vasos de todos os tamanhos e materiais. Eram tantas e tantas plantas que a calçada já parecia uma floresta. Pensei que até o lobo mau estivesse ali escondido no meio delas. Que maldade a minha! Conseguiram arrumar tudo lá dentro, e até uma dúzia de ovos tipo extra naquela costumeira embalagem se foi junto com os cacaréus.

Os carregadores estavam cansados. Finalmente os portões da avenida do Sambódromo se fecharam. Gente?! Não foi uma escola de samba que passou dentro do horário, terminando o seu desfile. Foram as portas do caminhão que se fecharam. Desculpem-me, é o Carnaval que me deixa assim, sinto-me dançando numa ala, lá na avenida...

O caminhão se foi, levando tudo e até Chapeuzinho Vermelho que espera um lugar diferente e outro lobo mau para nova aventura.

 
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 15/02/2010
Reeditado em 01/03/2017
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