MEU CARRO ÚLTIMO TIPO

(Hull de La Fuente) 


Minha Brasilia azulzinha
Que ninguém te roube um dia
Assim linda e inteirinha
Só me trazes alegria.
 
Quando ando pela Estrada
E algum gaiato me diz:
Tire essa lata amassada
Do meu caminho, infeliz!
 
Eu juro que é despeito
Que o desaforado tem,
Pois não é qualquer sujeito
Que tenha uma assim também.
 
Pra ter Brasília como essa
É preciso ter humor,
Pois o carro não tem pressa
Falta o acelerador.
 
Não precisa de buzina
Para chamar atenção
Nunca usa gasolina
Pois o tanque não tem não.
 
Mais ela tem o seu charme
E também tem um segredo
Que aciona um alarme
Foi carro do Figueiredo.

Não tem banco dianteiro
Ela nunca teve estepe
Não tem preço em dinheiro,
Comprá-la ninguém se mete.
 
Quando andamos pela rua
Provoca boas risadas,
Mas a Brasília na sua
Nem dá bolas pras piadas.



Apresento aqui outra feliz possuidora de Brasília, minha mana Maria Emilia. Obrigada pela interação, maninha, beijos, 



Que vender essa Brasilia?
Pois eu gostei muito dela
Lembra-me as muitas trilhas
Que fiz com a minha, amarela.

Foi nos idos de oitenta
Eu comprei uma novinha
E meu marido, atenta
Comprou outra, igualzinha!

É que estava em falta
 E só tinha aquela cor
E o vendedor, peralta
Fez-nos o grande favor.

Vendeu a minha, amarela
E a dele, cor laranja
Um dia era aquela
No outro,tudo se arranja!
 
Adorei, amiga! Beijos e ótima tarde.

Milla
Maria Emilia Pereira
 
 
 
Minha querida Celina também deixa aqui sua opinião sobre o "carango":

Ter Brasília era um sonho
transformado em pesadelo.
O barulho era medonho;
tratei logo de vendê-la.

Celina Figueiredo 
 
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 13/12/2008
Reeditado em 14/12/2008
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