Pão e Rosas
O homem parou de ser um errante pelo planeta e depender somente da caça para sua subsistência. Deixou de ser nômade e fixou-se em determinado lugar, não pelo modo de vida que levava, mas porque aprendeu, graças à mulher, que estabelecer território era vantajoso para sua saúde e de sua prole. O risco de morte era menor, já que não precisava guerrear com outros grupos que encontrava pelo caminho ou ser surpreendido por amimais ferozes. Enquanto os homens perseguiam a caça, tudo indica que a mulher, por permanecer mais fixa a terra, foi a primeira a perceber que as sementes germinavam e posteriormente davam frutos, dando início à agricultura aliado à domesticação dos primeiros animais.
Talvez tenha sido a mulher, a grande responsável pela sobrevivência do homem naqueles tempos primitivos, beneficiada pela fixação a terra e a organização das defesas e todo o primitivo sistema social. De qualquer forma, é inegável sua participação na multiplicação dos seres humanos e certamente na crescente civilidade.
No entanto, ao completarmos 151 anos que 130 mulheres operárias perderam a vida, queimadas em uma fábrica têxtil, ao reivindicarem melhores condições de trabalho, ainda temos diferenças salariais entre homens e mulheres no desempenho das mesmas atividades. Muito já foi conquistado, especialmente na primeira década do século passado, quando as mulheres americanas tomaram a iniciativa de se organizarem para buscar maior igualdade profissional com o slogan, “Pão e Rosas”, que simbolizava estabilidade economia e qualidade de vida. Em 1908, quase 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova Iorque, para reivindicar maiores direitos. Dois anos depois reunidas na Dinamarca, decidiram estabelecer, em homenagem àquelas 130 pioneiras, o dia 08 de março, como dia internacional da mulher. As Nações Unidas passaram a adotar a data a partir de 1975, sendo, portanto longa esta luta das mulheres por direitos iguais.
Lutas mais do que justas, já que desenvolvem o trabalho com a mesma qualidade que o homem e ainda conseguem se dedicar às atividades domésticas, coisa que a maioria dos homens é avesso e possivelmente incapaz de suportar.
Não estou dizendo que o homem seja inferior a mulher e sim, exaltando a capacidade das mulheres que conseguem suportar uma dupla jornada de trabalho, sem deixar de lado a atenção e o carinho com a família. Também é injusto considerá-la superior, já que homens e mulheres são equivalentes e complementares.
Neste sábado, e em todos os dias, nós do sexo masculino, teremos que reverenciar a mulher por ter-nos gerado e nutrido com amor e sabedoria. Em seu coração é que encontramos o paraíso terreno e a cura para todos os nossos males.
Mulher! Tua responsabilidade continua sendo gigantesca, pois as armas contra a mediocridade, a violência, o ódio e outros pecados do mundo estão nos teus dons femininos intrínsecos em tua alma. Não deixe este mundo de futilidades e corrupção macular teu caráter singular, Tu és a esperança para um mundo melhor.
É com amor que desempenhas tua missão e sem rivalidade vais caminhando em direção ao coração do homem, espalhando tuas virtudes, arrancando os vícios que lá habitam, e assim transformá-lo num ser humano melhor.
Não existem gestos ou palavras que posam expressar o sentimento que dedicamos a elas. Mas o homem sabe que ela pode senti-lo em seu coração, uma vez que tem o sublime dom de sentir o coração. Esta no transbordar das emoções, na delicadeza e na doçura a força de lutar com garra e determinação que a leva, suavemente a conquistar o seu espaço.
Encerro com a certeza de que este texto é apenas uma partícula no universo de homenagens e especialmente de agradecimentos que devemos a mulher, certo de que não há exagero em dizer que a mulher é o pilar de sustentação e equilíbrio da humanidade. Desejo que todas possam sentir a felicidade que transmitem aos nossos corações, e que todo o amor e carinho que lhe dedicamos se transforme em força para continuarem sua jornada de amor. Parabéns.