Trilogia da Admiração

Este texto compõe uma trilogia da admiração, onde no primeiro abordei uma pessoa inspiradora, no segundo, uma grande decepção. Neste terceiro capítulo, discorrerei sobre uma das pessoas mais admiráveis, vital e especial em minha vida — a pessoa que amo. Todos esses textos são dedicados, inspirados e escritos para ela, mesmo quando alguns são escritos para meu próprio prazer e gosto pessoal.

Creio que nunca expressei abertamente a importância que ela tem na minha vida. Desde que a conheci, já a admirei por sua autenticidade, delicadeza, inteligência, beleza e força de vontade. Ela estabelece objetivos e segue piamente seu planejamento. Imagino que hoje em dia exerça a profissão que sempre sonhou desde criança, mesmo que essa não seja sua vocação original, talvez influenciada por uma tradição de família.

Para alcançar seus planos, ela teve que demonstrar muita resiliência, uma palavra talvez antiquada, mas que aqui se encaixa muito bem. Morando em repúblicas ou centros estudantis com outros colegas, ficando longe de sua família e cidade natal, ela, muitas vezes, lidou com o sentimento de inadequação, por pensar e ter gostos diferentes da maioria. Talvez ela não saiba, mas por esses e outros motivos eu a admiro muito.

Jamais desejaria que ela mudasse algo em sua trajetória; apenas esperaria que separasse mais tempo e ênfase para suas grandes paixões, como ler, escrever, ver filmes, estudar, entre outras, desde que isso não interfira significativamente em sua vida profissional. Acredito que é possível encontrar um equilíbrio.

Mas tudo que mencionei ainda não reflete a verdadeira importância dela na minha vida. Para mim, ela possui a relevância de um tipo ideal, à maneira de Max Weber, ou um imperativo categórico a ser alcançado, como diria Kant.

Digo isso porque, durante nosso afastamento, minhas ações eram motivadas pela ideia de que ela gostaria mais de quem eu sou se eu dominasse certos conhecimentos, então buscava atingir esse modelo. Enquanto lia, estudava, me aprimorava e assistia a romances, sempre me imaginava em histórias com ela, mesmo quando não tínhamos mais contato. Internamente, ainda mantinha a crença de que um dia estaríamos juntos, sem saber exatamente o porquê. Quando nos "reencontramos", talvez tenha sido esse pensamento positivo, essa força de atração, que nos uniu novamente de alguma forma.

Hoje, como já mencionei, tenho motivos para acreditar que ela também pensa em mim com carinho, que é minha principal leitora, e que exerço uma influência positiva em sua vida, sendo uma pessoa significativa para ela.

É por todos esses motivos que ela é tão importante na minha vida, sendo uma inspiração maior do que todas as mulheres que já mencionei nesse singelo espaço.

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 01/12/2023
Reeditado em 01/12/2023
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