Maximiliano Maria Kolbe 

 

Quando o Papa João Paulo II canonizou o Padre Maximiliano Maria Kolbe, em 10 de outubro de 1982, estava presente na cerimônia Francisco Gajowniczej, sobrevivente do campo de concentração nazista de Auchwitz, na Polônia. E havia uma razão especial para isso: o Padre Kolbe salvara a sua vida, sacrificando a dele.

Polonês, nascido em 1894, Kolbe, ordenado sacerdote em 1918, era muito devoto de Nossa Senhora e criou a Milícia da Imaculada, atraindo jovens em quantidade. Fundou e editou a revista "O Cavaleiro da Imaculada", que apesar dos recursos modestos atingiu grandes tiragens - com o tempo surgiu inclusive edição brasileira.

Kolbe deixou escritos valiosos e levou a mensagem cristã ao Japão e à Índia, mas por razões de saúde teve de voltar à Polônia. Infelizmente o país havia sido ocupado pela Alemanha de um lado e Rússia do outro. Estando no lado nazista, Kolbe acabou sendo preso e levado para o tristemente célebre campo de Auschwitz. Seu crime: ser padre católico.

Um dia houve uma fuga e como era praxe, a direção do campo resolveu eliminar dez presos a título de represália, colocados num subterrâneo para morrerem de fome. Um dos escolhidos começou a chorar: tinha esposa, família. Kolbe se ofereceu para morrer em seu lugar: era padre e não tinha família.

A substituição foi aceita e logo se ouviam hinos religiosos no porão, onde Maximiliano Kolbe encorajava os demais.

E foi por isso que o homem a quem ele salvou naquele ano de 1941, estava presente quando da canonização do Padre Kolbe em 1982.

São Maximiliano Maria Kolbe, orai por nós e por este mundo ainda tão violento.

 

 

(imagem da CNBB)