Aos Mestres Poetas Brasileiros II

PARTE 2

Uma boa conversa vale mais que mil discursos e, foi nessa verve que fui convidado a um encontro poético, em São Paulo, Capital, algo tão extasiante para um entusiasta e estudioso de Literatura, eu, este pobre mortal!

Logo de início fui recepcionado pelo anfitrião Mário de Andrade. Ao meu lado estava Oswald de Andrade e Manuel Bandeira (o recifense de Passárgada) que me mostraram “Pau Brasil” e “Os Sapos” obras poéticas a serem declamadas na Semana de Arte Moderna. Muita provocação, linguagem coloquial, ruptura estética... surgia assim o Modernismo Brasileiro. Saí de lá entorpecido de novos conceitos.

Na sequência me interagi com o quarteto de ouro do Modernismo – 2° Fase, são eles: Drummond, e seu engajamento social, disse-me; " No meio do caminho" , “E agora, José?” Vinicius de Moraes que, no seu lirismo erótico, falou-me dos seus sonetos; “Do Amor maior” e “Da Fidelidade”. Murilo Mendes; fez-me crer no seu viés religioso-político-social e ainda me chamou de “Bom Samaritano”. Outro que troquei ideia foi com Jorge de Lima, que se identificou comigo por ser negro, tudo a ver com sua obra “Poemas Negros”.

Emoção mesmo foi quando conversei com a minha musa poetisa Cecília Meireles. Veio a mim com toda, sensibilidade, bucolismo e seu intimismo amoroso, mostrou-me seu “Retrato” falou sobre “Intimismo” e me levou ao seu “Cancioneiro” .. uma mulher incrível, virei seu fã por inteiro.

E pra finalizar minha interação literária, eu me encontrei, nada mais, nada menos que os Pós-Modernistas; João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar e Mário Quintana. O João de pouca conversa, mas conhecido pela sua engenharia e maestria com as palavras me presenteou com “Morte e Vida Severina”. Gullar; mais proseador, crítico social e liberdade criadora, apresentou-me “Aparecida”.

Abracei Mário Quintana , meu poeta-mor, que leu-me o seu “Poeminha do contra”, achei o máximo! Um gaúcho sensível de lirismo profundo, fez-me gostar de compor poesias e entender o mundo.

Passei pelos poetas concretistas, os irmãos Pignatare porém não me identifiquei com esse estilo poético.

Por fim, celebrei a poesia contemporânea brasileira com minhas amigas; Cora Coralina, Adélia Prado, Marina Colasanti e fumei charuto com Paulo Leminski.

EPÍLOGO:

*Uma singela homenagem a todos e todas poetas/poetisas brasileiros citados ou não, mas que contribuem e enriquecem nossa arte poética e literária.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 03/07/2023
Reeditado em 03/07/2023
Código do texto: T7828064
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