ANTÔNIO CARLOS GIRELLI

ANTÔNIO CARLOS GIRELLI

Mais conhecido como Tite. Para nós os íntimos, Titão!

Aonde chegava logo era visto, tanto pelo porte físico, como pela sua simpatia, e porque não dizer, um homem bonito. Além disso, um cara bondoso. Um coração do tamanho dele, beirando dois metros de altura.

Filho de família tradicional da cidade, os Girelli por parte de pai e Brunoro pelo lado da mãe, nem precisamos dizer que era um puro descendente de italiano.

Conhecemos o Titão por volta da segunda metade dos anos de 1950, quando ele começou a frequentar o bar Quitandinha, na Cel. Oliveira Lima em Santo André. Ali se reunia a turma do Panelinha.

Foi empresário de ônibus, sendo proprietário da empresa de turismo Pato Azul durante muitos anos, e nesse tempo, em parceria com o irmão Homero, possuiu o Hotel Belvedere em Foz do Iguaçu. Como um líder empresarial fundou o SINFRET, sindicato que reunia os empresários de ônibus na modalidade de fretamento, sendo seu primeiro presidente. Seguindo as pegadas de seu sogro, Comendador Emílio Sortino, assumiu a presidência da ACISA, onde por duas gestões demonstrou suas qualidades de ótimo administrador.

No final dos anos de 1960 casou-se com Regina Sortino, sendo que dessa união nasceram a Adriana, a Alessandra e o Antônio, vindos, depois, as netas e o neto. Foi um chefe de família exemplar, cioso de seus deveres e obrigações, tendo a seu lado uma mulher de fibra, a Regina, companheira de todas as horas.

No lado social, como amigo, o Titão era uma pessoa muito benquista. Sempre disposto a ajudar. Bom papo, inteligente, um cidadão conhecedor dos mínimos detalhes da situação do País, uma companhia agradável. Sobressaia, com a eterna companheira Regina, nas festas e bailes, como um excelente casal de dançarinos. Ótimo cozinheiro, com o saudoso Bimbo, preparavam os inesquecíveis almoços de sábados no Panelinha. Sua galinhada, a capponatta, e outros pratos da cozinha italiana, eram muito apreciados. Depois, nos restaurantes O GAÚCHO e A GAÚCHA, ele, junto com os remanescentes amigos do Panelinha, o Farid, o Aladino, o Duílio, o Floret, o Bimbo, o Newtão, o Nelsinho, o Didone, o Bigin, o Rogério, o Renê, o Irineu, o Stamato, o Arnaldo, o César, eu, era o encontro das velhas amizades, aos sábados, em alegres almoços.

Em nossos passeios às fazendas do Bimbo e do Duílio era figura imprescindível, tanto na parte gastronômica, como nos bate-papos, pois possuía um constante bom-humor, e um excelente arsenal de piadas.

Imemoráveis, também, as comemorações do seu aniversário, em conjunto primeiramente comigo e com o Ricardo Razuk, e, posteriormente só nós dois. As primeiras em sua casa na Rua Catequese, e depois na sede do Panelinha.

Infelizmente, de uns três ou quatro anos para cá, sua saúde veio declinando e sua luta contra os males que o afligiam, desculpem-me o trocadilho, foi titânica, contando com o apoio da incansável Regina, e de seus amados filhos.

Deixando, também, a Theodolinda, sua querida irmã, o Titão partiu em 05/12/2021, a poucos dias de completar 78 anos. Hoje ele se encontra no melhor dos lugares, junto com os inúmeros parentes, amigos, certamente preparando aqueles almoços saborosos, sempre com o carinho que foi seu modo de ser, enquanto viveu entre nós.

Sua falta é e será muito grande! Descanse em paz, Titão!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 17/01/2022
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