Conservatória - recorrente sonho meu.
Em ti sou todo ouvido,
e fui surpreendido com a beleza do lugar…
cachoeiras, o túnel, trilhos, e lugares, onde creio, que Apolo vem cantar.
Meus pensamentos sustenidos, naquelas ruas perdidos, entre músicas e o luar,
sob o sereno em tom pequeno, tuas serestas vou buscar.
Dos teus bares vejo o lírico cortejo, belíssimo ensejo, a cultura preservar.
Faz-se em ti, grafada em si, lindas tardes em bemol, de esplêndido sol, de emoção em escala menor, cromática, natural…
Ah, Conservatória, dos saudosos tons, em semi-breve tempo eu sou tão teu…tão só!
Violões e bandolins, pandeiros batendo em mim,
E em “mi” soam bordões e outros, às vezes, de mim, toam de “dó”….
Ah, Conservatória de tantas memórias, da brazuca canção… de tantas homenagens às canções e aos cancioneiros, cativaste um romeiro, meu boêmio e seresteiro coração.
Conservatória, onde o trem mais trouxe do que levou e hoje é só lembrança do imponente tempo que, de trote em trote, arriado ali passou.
“Se uma de suas ruas fosse minha,
eu mandava um pentagrama ladrilhar,
e comporia a mais linda das trovinhas,
Para o meu bem, o meu bem ouvir cantar.”