Pai

Hoje não vou fazer um poema,

nem um acróstico com teu nome.

Vou só escrever-te,

com palavras que te diria,

se aqui estivesses.

E, aqui estás,

e por isso te digo,

que saudade, meu pai!

Que saudade do teu abraço,

quando chegavas de longe,

e eu te esperava na porta.

O teu abraço era o maior do mundo,

eu era era tão pequena,

nos teus braços, eu me sentia tão grande.

Que saudade de ti, pai.

Saudade do teu rosto feliz,

por estar em casa.

Por abraçar a mim, a nós.

Pai, que alegria saber que fui tua filha,

a primeira, tão amada como os outros.

Que orgulho saber que sou tua filha,

que me ensinaste a ser íntegra, forte, fiel.

Nesse dia teu,

como são todos os dias.

Quero dizer-te que,

penso em ti, todas as horas,

quando passo em frente a nossa casa,

aquela casa, em que tantas coisas vivemos,

eu sorrio.

Te vejo ali, pai.

Cuidado da Luka,

e cuidando de nós,

como se fosse hoje.

Também, quero dizer-te,

que eu ainda estou aqui,

com o que e ensinaste,

a honrar o meu nome,

o meu amor e a minha vida.

Por ela, por mim, por nós.

Dorme tranquilo, pai.

Estamos cuidando da mãe,

como cuidarias.

Obrigada meu pai, por ter tido a honra de ser,

- tua filha!