MÃE, HÓ MÃE!*

À minha mãe

Angélica Alves da Silveira

Mãe, oh mãe!

Sua mãe manda dizer

que sua filha está doente

e que é que eu vou fazer

da minha vida e dos meus dentes?

No galope do cavalo

os meus pés criaram calos.

E na caminhada da vida

vão cessando os meus passos,

pois meu coração se fez ferida

a procura de outros braços.

Mãe, oh mãe!

O que é que eu vou fazer

desta minha sorte,

já que o meu sofrer

me aproxima da morte?

Nos dias de solidão,

em que passo sozinho

fantasiando-me de ilusão,

distante do seu carinho.

Como seguir em frente,

se os meus olhos cegaram

entre tanta gente

que as costas me viraram?

Nova Serrana (MG), 21 de maio de 1985.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 12/09/2017
Código do texto: T6112221
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