À minha amada Sampa, de novo - 25/01/2017



                        Em ti nasci
                Em ti moro desde sempre
        Em ti não posso estar, há muitíssimo.


              Eu te amo sempre à distância
              estando o tempo todo em ti.
       


           Eu te amo, pelo que lembro de mim.
        Eu te amo, apesar do que lembro de mim. 





Foto de ti, antiga...



Ah, velho bondinho de ti!




A paineira em frente ao prédio onde moro, ao crepúsculo



E.E. Brasílio Machado, onde estudei da 5ª série ao 3º colegial



Livraria Martins Fontes



Avenida Paulista





 


NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 25 DE JANEIRO DE 2014

São Paulo, minha cidade, minha saudade de mim.
São Paulo de tudo o que pude, de tudo o que NÃO.
Saudade das tuas ruas, caminhos por onde
transcorreram meus céus, os meus infernos.
Cidade de face dupla, de faces infinitas
onde se nasce e se sonha e se morre
de balas não perdidas, de solidões sem palavras,
luz e sombra, risos, agonia, liberdade, becos, bocas mudas.
Cidade das minhas múltiplas fidelidades, quase todas sem saída.

 
 
Símbolo icônico do Espaço onde durante anos estudei Canto.

Edifício Copan e adjacências



USP - Cidade Universitária



Imagem do Jardim Botânico



PUC



Aeroporto de Congonhas



Rodovia Fernão Dias, acesso a Minas Gerais



Museu Lasar Segall



Igreja de São Judas Tadeu



Ah, cines Belas Artes!



EMEF "Bernardo o"Higgins"


Arena do Corinthians



Biblioteca Infanto-Juvenil "Álvaro Guerra"



Parque Trianon



Imagem mais do que magnífica de São Paulo antiga.

 
        Ajuda-me, minha  cidade de São Paulo, dando-me força e coragem, inspirando-me para que eu possa refazer o possível...o possível de mim e da minha vida as quais, embora tenham e continuem se curvando, há muito, há muitíssimo, 'quase' completamente ao papel que lhes coube e cabe, não cabem nele, nesse papel... não cabem, eu e minha vida.
        Não há amor, nenhum amor que dê conta do ser, que ampare este ser quando, conquanto sendo amor, seu rosto é 'quase' o rosto da renúncia absoluta ao próprio ser. Não há. Não há, mesmo. Tu o sabes, ser tão importante para mim, por isso, também por ti preciso da coragem que me falta para refazer caminhos, meus caminhos. Preciso lutar por mim para ajudar-te, também, a lutar por ti, por teus próprios caminhos, isso sem deixar de cumprir, até o fim, os deveres que me cabem. Quando eu conseguir 'me por de pé' de novo, no real e no figurado, alcançaremos a liberdade possível que nos falta. E então... Bem... O 'então' é o imponderável, aquele de que não se tem, neste agora, nada a dizer. Nada, mesmo: Assim é.


 
 
Uma imagem importante já bem além dos limites da cidade de São Paulo, no litoral norte. Ave, Caraguatatuba! Ave, Ubatuba, cidade onde nasceu minha avó materna, Francisca. Ave, minhas recordações do mar!


 
De volta à paisagem de todos os dias e de todas as horas e minutos. Gracias, velha paineira. Ainda bem que estás aí, diante dos meus olhos, cotidianamente. Tua presença torna menos áridas as  também de sempre e 'quase' todas bem pouco suaves e  bem pouco líricas paisagens interiores...






 
Nota. Não estão aqui imagens realistas de uma  cidade também e principalmente com sem-número de faces dolorosas, miseravelmente sombrias. Fiz apenas e tão somente um registro, um recorte de algumas imagens da minha memória afetiva de Sampa, a cidade onde nasci, a cidade onde moro desde sempre, a cidade da qual vejo, todos os dias, já há muitíssimo tempo, apenas  pequena nesga pela janela desta sala que habito. Seja como for e porque a amo pelos imperativos da memória, Ave, Cidade de São Paulo! Ave!