A Fonte da Poesia (A todos os poetas)

A poesia jorra como água na fonte

Cresce como mato na estrada

Faz a conexão dos extremos como ponte

É a relva onde deita a alma cansada

É a calma dos ventos

É a areia vermelha no chão

É o fruto dos lamentos

Também desarma a solidão

Amo brincar com ela

Como beija-flor brinca no ar

Traz uma flor amarela

E começa dela falar

E se for contar com as estrelas

Não pára de extravasar

Sua melodia é serena

E encanta somente com o olhar

Poesia é menina meiga

Pegando água do rio

Mesmo que um tanto leiga

Mescla o calor e o frio

Devagar ela caminha

Às vezes, a passo largo

Parece que adivinha

O futuro é o passado

Ela é como barco que navega

No oceano das palavras

Aonde ninguém vê, ela enxerga

Podem ser pequenas larvas

A poesia é dom do escritor

O chamado poeta

Ele faz da escrita seu labor

A sua mente é inquieta

Ao passo que o coração

Deve estar a seu favor

Na poesia e na canção

O poeta estende o seu amor

Poesia é coisa boa de se ler

Retrata a cor do mar

Como se a gente estivesse a ver

E as ondas pudesse escutar

A alma se veste para anunciar

Que é preciso ser feliz

A poesia faz o rio transbordar

De sonhos como um chafariz

Imaginação fértil

E linguagem sutil

Poesia não é inútil

Sorri de forma gentil

E se ela for hostil

Depende do que quer dizer

Não pode faltar um til

Deve ser correta ao escrever

Água que se expande

Flor que desabrocha

A poesia tem sua fonte

Impregnada na rocha

Tão forte como a espada de Arthur

Maneja os verbos com destreza

E se falar do pássaro azul

Não é chuva, é correnteza

Transforma-se em luz no horizonte

A poesia traz a palavra certa

Quem bebeu da sua fonte

Jamais deixará de ser poeta

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 12/01/2016
Reeditado em 09/02/2016
Código do texto: T5508071
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