HOMENAGEM À MAMÃE, NA MISSA DE 7º DIA – 04.02.2007

Em nome de minha família, eu, Luiz Gonzaga, com muito orgulho, aproveito a oportunidade para usar este espaço a fim de falar um pouquinho sobre uma pessoa de coração enorme e de uma grandeza de caráter sem tamanho, que, em 29 de janeiro último, transferiu-se de residência. Seguiu viagem, a chamado de Deus, para um lugar muito especial: o Paraíso.

Em 27 de julho de 1916, em Rio Espera, cidade do interior de Minas, nasceu MARIA DAS DORES DE SOUZA, filha de Carolina Vita de Miranda e Aprígio Lopes de Faria, casal simples e humilde. Desenvolveu-se naturalmente recebendo de seus pais uma educação invejável. Dentro dos princípios cristãos foi crescendo e, por ser a filha mais velha, era a que mais ajudava seus pais na criação dos irmãos que nasciam pouco a pouco até completar o de número 10. Dedicada, obediente, fervorosa, temente a Deus, jamais se descuidava de suas atividades rotineiras e de sua devoção para com o Sagrado Coração de Jesus e com o Sagrado Coração de Maria.

Aos 21 anos de idade, casou-se com outra pessoa muito especial, JOÃO PEREIRA DE SOUZA, nosso pai. Lavrador, nascido na mesma terra, também de família pobre e humilde. Hoje com 93 anos de idade. Foi um casal abençoado por Deus. Criou seus seis filhos, com bravura e coragem. Estamos todos aqui, neste momento, e queremos dizer que recebemos destes dois seres humanos, nossos pais, uma educação consistente, através dos melhores exemplos que nos foram passados, como os de humildade, honradez, honestidade, amor, desprendimento, desapego às coisas materiais, paciência, profunda fé em Deus.

Abraçamos a nossa religião com amor, seguindo os passos de nossos pais, aliás, princípio primordial que norteava a vida deles.

É certo que muitas lágrimas ainda rolarão em nossa face, mamãe, pela sua partida, pela sua ausência, pelo vazio que você deixou. Suas coisinhas estão no mesmo lugar, intactas, como a senhora deixou em seu quartinho de dormir, em sua casa. Não tivemos coragem, ainda, de tirá-las do lugar. As flores de que você gostava tanto continuam colorindo o jardim da rampa a qual subia com dificuldade e chegava exausta até o seu topo. É como ainda estivesse morando lá. Como nosso coração fica miudinho ao ver a sua cama vazia, os seus óculos, os seus livrinhos de novenas, novenas que foram rezadas tantas vezes em nosso favor ou em favor de papai, ora para o Coração de Jesus, ora para Nossa Senhora, ora para muitos santos de sua devoção, tais como, São João Bosco, São Geraldo, Nossa Senhora Aparecida, São Luiz Gonzaga e tantos outros! No entanto, mamãe, temos o grande consolo. Agora a senhora habita a Casa do Pai, em uma de Suas moradas, já que, com sua bondade e o seu amor, soube conquistar. Que mais haveria de acontecer com alguém de alma generosa e que só fez o bem enquanto viveu?

Por último, queremos dizer-lhe que sua lembrança, mamãe, ficará sempre em nossa memória. Foram tantos os caminhos percorridos, tantos exemplos dados, tantos momentos bons e maus... de dedicação, de sacrifícios, de boa vontade, de lágrimas e risos, de conquistas e de decepções. Porém, sua persistência e devotamento não foram em vão. Para nós a senhora está viva e, por isso, pedimos, com todo carinho e amor, a sua bênção, beijamos o seu coração e elevamos a nossa voz:

ATÉ UM DIA, SE DEUS QUISER!

LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA
Enviado por LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA em 11/10/2015
Reeditado em 20/12/2022
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