TIO DILO
Era assim que os cunhados o chamavam.
Odilon era meu pai e faz muito tempo que faleceu, mas passagens de nossa vida juntos, em família, estão muito nítidas em minha memória.
Era bem humorado e há momentos tão especiais que parecem ter acontecido ontem. Tinha o costume de acompanhar nossos deveres de casa. Quando eu estava na primeira série e dava os primeiros passos para alfabetização e leitura, papai, à noite, depois do jantar, apanhava minha cartilha e vinha me testar com palavras recém aprendidas. Soletrava: p+a = pa, t+o = to = GANSO e eu ingenuamente repetia a pegadinha. Depois eu percebia o erro e dávamos muita risada.
Nas festas da padroeira de Curitibanos, cidade do interior de Santa Catarina, onde morávamos, papai ajudava nas quermesses e leilões. Ao final da festa, arrematava e trazia para casa um frango recheado ou leitão assado; um grande bolo, vistoso, todo confeitado, que faziam a alegria das crianças. Na cidade pequena e sem muitos atrativos, a festa religiosa era um grande acontecimento. Havia música de alto-falante durante todo o dia e essas iguarias que papai nos trazia eram muito especiais para nós que só tínhamos o trivial e os bolos caseiros, sem confeitos, que mamãe preparava em nossa modesta cozinha.
Foram tempos muito bons e muito felizes. Restaram lembranças e uma enorme saudade.
Decorridos tantos anos, hoje sei avaliar a herança valiosa que nos deixou. Esse legado de bons ensinamentos, formação de caráter e, acima de tudo, exemplos de vida simples e honesta.
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Papai faleceu em 8 de dezembro de 1986, na mesma data em que se comemora a festa da padroeira, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Curitibanos, sua terra natal.
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Esta é uma singela homenagem que lhe presto neste mês em que se comemora o Dia dos Pais.
Era assim que os cunhados o chamavam.
Odilon era meu pai e faz muito tempo que faleceu, mas passagens de nossa vida juntos, em família, estão muito nítidas em minha memória.
Era bem humorado e há momentos tão especiais que parecem ter acontecido ontem. Tinha o costume de acompanhar nossos deveres de casa. Quando eu estava na primeira série e dava os primeiros passos para alfabetização e leitura, papai, à noite, depois do jantar, apanhava minha cartilha e vinha me testar com palavras recém aprendidas. Soletrava: p+a = pa, t+o = to = GANSO e eu ingenuamente repetia a pegadinha. Depois eu percebia o erro e dávamos muita risada.
Nas festas da padroeira de Curitibanos, cidade do interior de Santa Catarina, onde morávamos, papai ajudava nas quermesses e leilões. Ao final da festa, arrematava e trazia para casa um frango recheado ou leitão assado; um grande bolo, vistoso, todo confeitado, que faziam a alegria das crianças. Na cidade pequena e sem muitos atrativos, a festa religiosa era um grande acontecimento. Havia música de alto-falante durante todo o dia e essas iguarias que papai nos trazia eram muito especiais para nós que só tínhamos o trivial e os bolos caseiros, sem confeitos, que mamãe preparava em nossa modesta cozinha.
Foram tempos muito bons e muito felizes. Restaram lembranças e uma enorme saudade.
Decorridos tantos anos, hoje sei avaliar a herança valiosa que nos deixou. Esse legado de bons ensinamentos, formação de caráter e, acima de tudo, exemplos de vida simples e honesta.
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Papai faleceu em 8 de dezembro de 1986, na mesma data em que se comemora a festa da padroeira, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Curitibanos, sua terra natal.
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Esta é uma singela homenagem que lhe presto neste mês em que se comemora o Dia dos Pais.