Uma Voz Que Se Cala

Estou só no aconchego do meu lar, tendo como companheiras a solidão e a saudade. Na sala, ao lado da mesa, uma cadeira vazia simboliza a sua ausência. A sua voz calou-se querido irmão Edmundo. Você partiu precocemente deste mundo, para um plano desconhecido, deixando sobre nós uma saudade imensa e um vazio muito grande em nossos corações.

Edmundo, meu irmão, não consigo esquecê-lo de modo algum. Como seria bom se você pudesse estar aqui, agora, neste momento, para amenizar a saudade que me consome pouco a pouco. Mas, como isso não é possível, aproveito a oportunidade para dizer-lhe, querido irmão: você foi um verdadeiro amigo, sempre com um sorriso bonito e com palavras certas nas horas difíceis. Você sempre nos ajudou a resolver os nossos problemas, esquecendo mesmo, muitas vezes, os seus.

Edmundo, você foi assim, você é assim, onde quer que você esteja na terra, na lua, nos raios do sol, nas estrelas, num jardim florido, no vento que acaricia os meus cabelos. Você Edmundo foi como um copo de água fresca que matou a nossa sede e a amargura de nossos corações carentes. Você foi um excelente pai e um grande chefe de família. Parabéns, irmão!

Você, irmão, com voz branda e olhar meigo, nos fez ver as delícias de um mundo melhor! Você, com o seu jeito de ser, transmitiu-nos o tom do eterno paraíso. E agora irmão? Agora sentimos a sua falta, ouvindo a sua voz pairando sobre nós, num silêncio sufocante, confundindo os nossos ideais, construídos com a sua ajuda, temos a certeza de que onde quer que esteja, em algum lugar dessa galaxia, esteja em paz e rogue por nós.

Despedindo-me, abro os braços, tento abraçá-lo e tenho o nada, o vazio como resposta. Então, querido irmão Edmundo, só me resta dizer-lhe que, de tudo que foi um dia, agora só resta uma grande saudade.

Aidê

Nino Paiva
Enviado por Nino Paiva em 28/05/2015
Reeditado em 31/05/2015
Código do texto: T5258153
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