O VOO FINAL (01-11-1966 – 03-05-2015)

O VOO FINAL (01-11-1966 – 03-05-2015)

Há marcas que são eternas em nossas almas,

O amor é uma delas, pois ele não é racional,

Não há medida e apesar do pesares é real.

O ultimo voo é algo solitário, é ruptura,

É romper a ultima crisalida do pesadelo.

Somos lagartas a engatinhar num jardim,

Mudamos de formas, evoluímos e crescemos;

Trocamos de exoesqueletos, mas somos sós.

Ela sempre despertou o melhor que há de mim,

A magia esta em seus olhos verdes e na sua voz.

Ela sempre foi e será à borboleta de olhos verdes,

Uma voz que sempre me arrepiou na minh'alma,

Um rodomoinho de cabelos castanhos a pensar.

Lindos olhos verdes que tanto me encantaram,

Que me levavam a outros confins intergalácticos,

Na voz tinha o poder de me transformar em herói,

Quantos sonhos eu tive nas asas da borboleta...

Saudades de ser seu Rick Deckard, seu cavaleiro.

Nunca tive rancor, magoas um negativo a ela,

Até quando abri à gaiola e a expulsei foi por ela,

Fiz com o coração sangrando, mas fiz o melhor,

Pois o destino torto a faria sofrer mais ainda,

Engraçado saber que agora ela voa liberta, livre,

Liberta da couraça, do casulo terreno pesado,

Espero que seu livre arbítrio aceite a ajuda do lá,

Que deixe ser tratada e curada de toda magoa,

Pois agora ela encanta os anjos com seus olhos,

Desperta de um sonho para viver uma realidade,

Quem sabe, se em nossas conversas de vinho,

Quem sabe, estejam certas então, quem sabe,

Iremos nos encontrar e tudo irá se resolver então.

Até lá, torço e torcerei sempre por você...

Seja muito feliz borboleta de olhos verdes...

André Zanarella 08-05-2015

Claudia Aparecida Benedetti (01-11-1966 – 03-05-2015)

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 09/05/2015
Reeditado em 09/05/2015
Código do texto: T5235718
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