A foto que eu escolhi aqui nesta minha Homenagem é das flores de Estevas - que são abundantes em Tras Os Montes.  


                         Poeta Miguel Torga

A minha modesta Homenagem (in memorium) à Comendadora Madame Andrée C Rocha.


A Senhora  Andrée Jeanne Françoise Crabbé Rocha, a Grande Mulher por trás da Grande Obra de um dos Maiores Escritores Transmontanos dos nossos dia... quem foi?
Professora Universitária Portuguesa de origem Belga ela doutorou-se em Filologia Românica em 1944. Casada que foi com um dos Maiores Poetas da Lingua Portuguesa do Século Vinte, “Miguel Torga”, ela levou para a Lingua Francesa toda a Obra deste Imortal Transmontano quiçás tenha sido ela a sua Musa Inspiradora?...hoje não temos a menor dúvida.
Eu não me atrevo a escrever aqui muito sobre esta Nobre Senhora Escritora Condecorada com a Ordem do Infante Dom Henrique, pois que o meu conhecimento literário não me leva a tanto, contudo e se mais não fora, trago-vos aqui este singelo “escrito” como forma enviosada de homenagear a quem tanto contribuiu para enaltecer a Lusofonia e tão pouco recebe ou recebeu de quem deveria enquanto viveu. - Tal como diria o “Mestre”, ninguém me encomendou o sermão, porém quando se trata de ir beber no passado os bons ensinamentos dos nossos antepassados, nunca me canso de ler e reler obras que me dão satisfação e orgulho redobrado ao navegar em águas desta nossa Emigração forçada que nos afastou das Terras Altas do Reyno Encantado de Tràs Os Montes quando mais vontade nós tivémos e tinhamos de lá poder ficar.
Ainda recentemente eu me ressenti de alguém que, por não me conhecer pessoalmente, e mais ainda por não entender o que é ter saudade das nossas origens, acabou por me “tachar” de Retornado e Emigrante que fugiu às desgraças da (des)governação Lusitana Contemporânea destes ultimos 40 anos ou mais!
- E o dito cujo se rebelou mais ignorante ainda ao querer defender as excelentes obras de destruição do Património Transmontano tais como as Linhas Férreas a montante e a jusante dos Rios que abastecem o Douro principalmente para lá do Marão.
São esses os Doutos Senhores que, do “Alto das suas Cátedras” sabe-se lá conquistadas de que maneira?, eles jamais vão aceitar “estranhos no ninho” porque, as Andorinhas boas são só aquelas que voltam aos beirais a cada nova Primavera.
- As outras... aquelas que lá de longe das luses da “ribalta”, elas,  nas quais eu me incluo apenas trazemos estas veladas queixas que embora realistas, são tachadas de veleidades para a cultura Luz & Tana.
As deles são eternamente lembradas, porém essas nossas são esquecidas na poeira do caminho de volta a casa.
Apaixonada por “ Almeida Garrett” e Assistente do  então Inolvidável Victorino Nemésio, também esta Escritora foi afastada por motivos politicos da época, e durante mais de 23 anos, cujo desterro forçado lhe foi imposto pela Universidade de onde se reformou anos mais tarde,  já dentro de regime Abrilesco que, relutantemente foi aceito pela boa maioria dos Intelectuais do Burgo Rectangular Ibérico que não acreditaram nos novos ventos nem da “trova que passa”, pois sabiam de antemão que estes seriam apenas mais uma brisa a empurrar a Bujarrona da Nau Catrineta em direcção ao atoleiro do Mar da Palha que aí está! E hoje infelizmente tudo isto é visto como um autêntico lamaçal de podridão.
A politica Lusitana dos nossos dias é um Antro de mentiras,  que desaguam em pleno Terreiro do Paço à luz do dia, mas engembradas na calada da noite pelos “senhores” da falcatrua financeira, da falsa promessa de desenvolvimento social e colectivo, da fácil propaganda da “banha da cobra” cuja origem nem os fundadores da “Feira da Ladra Alfacinha” nos conseguem explicar.
Termino com um outro jargão bem conhecido do POVO: "honremos os mortos porque os vivos já não o merecem"! 
Silvino Potêncio
Emigrante Transmontano em Natal/Brasil – (texto recuperado do meu Blog em Dezembro/2014) 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 19/12/2014
Reeditado em 08/03/2020
Código do texto: T5075196
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.