A saudade da infância formou um nó na garganta que não quer desatar. Suas mãos, antes menos enrugadas, me faziam bolos, doces e cafunés! Suas risadas me enchiam o peito de felicidade. Seus olhinhos brilhavam diante das minhas graças de moleca travessa.
          Agora, suas mãos não tem mais firmeza e suas pernas arrastam o seu corpo velho e cansado, tomado por tantas dores, das quais nem se queixa mais.
          Não vê mais graça em viver e seus olhares fogem das belezas da vida. Sua alegria nos traiu, foi embora e, em seu lugar deixou a depressão, sua inseparável companheira.
           Quando te abraço, sinto que o seu amor ainda existe, e o meu amor é todo seu! Alegre ou triste, o que me consola é sentir que ainda está quente!
 
Michele Valverde
Enviado por Michele Valverde em 05/11/2014
Reeditado em 06/11/2014
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