REVERÊNCIA

A milênios aqui esteve

Dentre nós o Rei dos reis,

ungindo com seu sangue

a mente pura dos justos,

amainando a dor, curando enfermos,

ressuscitando mortos,

pregando e cultivando o amor,

e alertando os incautos.

Quem não se inebria

com o cantar dos pássaros?

Quem não se encanta

com a magia do por do sol,

e seus lumaréus de arrebol?

Com a faceira e esplendorosa lua

em cumplicidade com tantos amantes?

− O que pensas que eras d'antes?!

Vil verme humano, d'onde pensas

que vieram seus sentidos,

tu, que cedo ou tarde ao pó tornarás?

D’ onde pensas de quem vem,

O dom mágico da fala, do tato,

O paladar e o fulgor da visão,

O cheiro inebriante de mato

Na imensidão inescrutável das matas?

E a beleza e perfume das flores,

que serve de encantamento a mil amores?

E a cristalina água das fontes

Com suas quedas murmurantes?

Da neblina o véu, trás dos montes

com seus arco-íris fulgurantes,

De quem provém? De ritos e mitos?

E ainda existem tantos e quantos céticos

Com tanta ignorância e incoerência...

Não surpreende ser esse mundo o berço dos aflitos!!!

Homenagem ao "Grande Arquiteto do Universo"

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 18/05/2007
Código do texto: T492232