Rubem Alves, ArianoSuassuna e João Ubaldo Ribeiro

“Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima” (Amadou Hampâté Ba). Nesta semana, então, tivemos um incêndio catastrófico: além de anciãos, três escritores inigualáveis. Três mentes brilhantes. Três bibliotecas enormes, acervos raros. Três membros da Academia Brasileira de Letras, em menos de uma semana.

Bem escreveu Pedro Reis sobre eles:

"João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna escreveram o Brasil e o brasileiro de uma maneira tão intestinal e metafísica que não se pode ler uma vez só. São obras de cabeceira que desvendam os mistérios dessa nossa alma tão especial e característica. Histórias de se colocar nos corações, de exemplo, conceitos de conduta e de vida, caráter e natureza do ser humano".

Rubem Alves me "acompanhou" durante o mestrado. Foi um dos meus autores preferidos naquela época.

Dá pra entender o que se foi, o que se perdeu com esses três? Ideias que não serão mais escritas, pesamentos lapidados que nunca serão descobertos, tesouros da Literatura e da educação literalmente enterrados, que não serão mais publicados...