(Foto:- "No estábulo". Original pintado com a boca por FRANCIS CAMILLERI. Contato pelo site www.apbp.com.br)



HOMENAGEM-14 - "CANÇÃO COMO POESIA"

Numa ocasião, quando os membros da comitiva sentaram-se sob frondosa árvore para breve descanso, São Francisco de Assis começou a observar a Natureza ao redor e percebeu a divina ascensão de forças que a vida tem em abundância e, ao contemplar aquele espetáculo invisível, a emoção o fez chorar. 
E neste impulso do Divino em seu coração, como poeta que era, recitou, no templo natural, uma "CANÇÃO COMO POESIA", neste tom universal:


"Vendo a obra, vejo Deus; sentindo Deus, sou amor.
Oh!... quantas coisas se escondem de mim, de vós, de todos, coisas essas, filhas do Criador.

Sinto-me nada, ante a grandeza do universo; sinto-me verme, pelas belezas que desconhece o meu coração. Deus tem filhos no mar, nas estrelas, no ar; Deus tem filhos nas árvores e na terra. Deus tem filhos até nas guerras.

Que beleza a função da natureza!...
Vejo a luz surgir no escuro, vejo a vida perfeita nos monturos; vejo o céu nas águas do mar, vejo e sinto o Amor no amar. 

Quando descanso, a natureza trabalha; quando durmo, a natureza trabalha; quando trabalho a natureza trabalha.
Quem eu sou?... Nada, diante desta batalha. 

Deus é Deus dos justos, Deus é Deus dos párias, Deus é Deus dos que viajam, Deus é Deus dos que ficam em casa!...
Deus é Deus das sombras, Deus é Deus da luz, Deus é Deus das trevas, Deus é Deus de Jesus!...

Quando estou cansado, Deus está ocupado; quando estou reclamando, Deus está obrando.
Quando blasfemo, Deus está entendendo; quando tenho ódio, Deus está amando. Quando estou triste, Deus está sorrindo. Deus é sabedoria e eu estou sonhando!...

Que beleza a natureza!...
Que beleza a profundeza da existência e do existir. 
Eu não compreendo, mas luto para me corrigir; porém, em frações do tempo, logo quero ajuntar e Deus repartir. Quero colher, quero usurar; e Deus passa por mim a semear!...

Luto de novo, mas ainda não sei lutar; penso na disciplina, mas não me deixo disciplinar. Avanço... Caio! Torno a avançar. E Deus me ouve, passa novamente por mim, olha para meus olhos, sente meu coração. E fala baixinho em meu ouvido: Vem, vou te ensinar a amar.

Deus se retira!... Sinto Sua ausência!... Peço clemência! Mesmo assim, Deus não se esquece de mim. 

Manda um anjo em meu encalço, num carro fulgurante de luz. E de braços abertos, caio por terra; pensei que era o Cristo de Deus, que era Jesus! 

E o cortejo dos céus entra em mim, em cântico de louvor.
Abre meu coração, deixando dentro dele um tesouro de luz!...
O tesouro da dor."  



Caríssimos Amigos, 
Quando iniciei esta série de homenagens a Jesus, a São Francisco de Assis e aos Pintores Especiais, declarei que receberia cada visita como um belo presente do natal de Jesus.
Foram muitos, muitos mais do que supunha receber, todos lindos, e espero que as visitas tenham lhes proporcionado alguma alegria em troca. 
Hoje, ao encerrar a série, minha homenagem acima, em forma de "CANÇÃO COMO POESIA", tenta entregar minha gratidão a todos que passaram por essas "publicações". 
Com esta última homenagem eu lhes deixo meu carinhoso abraço de 
FELIZ NATAL DE JESUS A TODOS
E CAMINHOS ILUMINADOS EM 2014.
 

(Foto:- B311 "Árvore das Nações". Original pintado com a boca por JOSÉ HENRIQUE BREDA. Contato pelo site www.apbp.com.br) 


(Nota: A divulgação do site da Associação dos Pintores atende à solicitação daquela organização, por escrito, ao tempo em que lhes pedi, também por escrito, a permissão para publicar as obras.)