Profissão: "Perigo"

Ontem foi 15 de outubro, dia dedicado aos professores. Um dia em que poderíamos comemorar com muita alegria, agradecer a esses heróis e essas heroínas que todos os dias arriscam a própria vida numa sala de aula.

Mas em um país que trata os professores da forma como a enorme tribo Tupiniquim o faz, pouco ou nada existe a ser comemorado. Um país em que um dePUTAdo ganha muito mais do que um professor, ou melhor, um pais onde os parLAMENTARes (que só servem para atrapalhar o progresso de um povo) ganham relativas fortunas por ano, ao passo que os professores trabalham três expedientes, e ainda têm que ir ao "planejamento" no sábado para ganhar uma esmola (se compararmos com os ganhos dos legisladores), este é um país amaldiçoado, esta é uma nação sem rumo, haja vista que os mestres são as setas no caminho, e as setas precisam ser bem tratadas para que possam fazer bem o seu trabalho de apontar os caminhos.

Todos os profissionais passaram pelas mãos dos professores. Um médico só é médico porque estudou desde o "maternal" até o doutorado (mais de duas décadas de estudo), tendo, a cada ano um professor (polivalente era o nome, não sei se mudou) ou vários professores. Para ser deputado federal basta ser candidato em um estado alienado, que, mesmo sendo trabalhador e tendo a fama de "um estado que não pode parar" elegeu com expressivo número de votos um candidato que havia sido denunciado por ter dificuldades em leitura e escrita. Esse deputado é um verdadeiro deboche para o Brasil do G-20 e do BRICS (Bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Enquanto um professor arrisca sua vida diariamente no seu inferno, ou na sua sala de aula (há alunos protegidos pelos direitos humanos e infantis que soltam bombas na sala de aula, no banheiro, ou os há ainda que portam armas brancas e até armas de fogo), um deputado vive imune contra o trabalho e impune (contra a cadeia), por causa da imunidade e impunidade parlamentar (além de ser pouco letrado, é desonesto).

Enquanto este "celeiro do mundo" e esta falsa "pátria do evangelho" não inverter sua política de remuneração, na qual os professores passem a receber um salário compatível com o valor de sua profissão, e os políticos deixem de ser profissionais e vivam apenas de indenização (por terem largado suas verdadeiras profissões para se dedicar ao povo), enquanto isso não mudar, não nos enganemos: O BRASIL VAI CONTINUAR SENDO A MESMA PORCARIA QUE JÁ DESCREVI EM OUTRO TEXTO!
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Post Scriptum: Veja o texto abaixo:

Escolaridade dos políticos brasileiros
   
Segundo a Constituição Federal do Brasil, os candidatos analfabetos a cargos políticos, seja para o executivo ou legislativo, são inelegíveis, ou seja, não podem concorrer nas eleições e serem eleitos. Porém, os partidos políticos e os Tribunais Eleitorais do país não exigem documentação ou prova de seleção para comprovar a escolaridade dos candidatos.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) submete o candidato a algum tipo de teste intelectual caso o candidato apresente dificuldades para ler e escrever ou denunciado por não dominar essas habilidades. Em 2008, o IBGE publicou pesquisa que atestou sobre a taxa de analfabetismo no Brasil.
Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo funcional dos brasileiros com idade de 15 anos estava acima dos 20%; entre os brasileiros com idade a partir de 18 anos, a média de tempo de estudo era de 7,4 anos, abaixo dos oito anos do ensino fundamental e dos onze anos do ensino médio completo. Projetos e investimentos na qualidade da educação brasileira ainda caminha a passos lentos.
Nas eleições de 2010, segundo registros do TRE, do total de candidatos registrados, somente cinco se declararam analfabetos, 114 se declararam na categoria “lê e escreve”.
Ainda analisando esses registros, 10% dos candidatos haviam parado os estudos no ensino fundamental; 28% alcançaram o ensino médio, somente 10,7% possuíam educação superior incompleta .O menor percentual de candidatos com ensino superior completo foi detectado entre os candidatos a deputado estadual.

Fonte: http://www.infoescola.com/educacao/escolaridade-dos-politicos-brasileiros/ (acessado em 16/10/2013).
 
António Fernando
Enviado por António Fernando em 16/10/2013
Reeditado em 16/10/2013
Código do texto: T4528765
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