Mulher Abelhina
Essa bela mulher, de camisola branca, deixa o leito na madrugada,
Caminhando calmamente, no escuro, sem pressa e sem dar mancada.
Vigia as filhas, a netinha, as janelas, a porta, o gaz e o passarinho,
Após tudo conferir, retorna, parece flutuar e volta ao seu ninho.
As 6 horas, a mulher, sob protesto, arruma a gatinha,
Apronta a mochila, a lancheira, o uniforme e a sombrinha.
As 6.45 hs., parte em direção a Escola Estadual,
E na entrada, na portaria, entrega a menina, como é habitual.
Na volta para casa, passa na Padaria,
Pão quentinho, leite, café, para as netas de Maria.
Em casa despacha as filhas, para o trabalho,
Cuida da casa, do almoço e desperta o grisalho.
As ll.30hs. retorna a escola, para buscar Isabella,
Em casa, olha a agenda, a lição e confere tudo com cautela.
A neta almoça, olhando o pica-pau e o Cirillo,
Entre desenhos e risos, ela dá um coxilo.
Lava louça, enxuga, guarda e passa a roupa de casemira,
Tudo controlado, visita enfermos com a amiga Alzira.
As 19 horas, toda arrumadinha, vai ensaiar,
Entre risos e canticos, unidas sempre a orar.