Menino Passarinho
Terça, 2 de Abril, Ricardo Nunes, parte dessa esfera,
Sai a francesa, e nem tem tempo de despedir da galera.
Na Mooca, ás 9 horas, é mais uma vitima do transito impetuoso,
Mais um amigo, na estatística desse delito tenebroso.
No velório, o silêncio era total, no imenso saguão,
Até comportaria um evento mágico, ou Palmeiras na televisão.
Mas não, alí, Ricardo de corpo presente para a ultima despedida,
Vieram todos, mas ninguém queria aceitar aquela partida.
Na usp, o mago foi um funcionário padrão,
Convivia com todos e respeitando a cada irmão.
Nas festas, suas sátiras eram narradas com maestria,
O ilusionista, encantava a todos com sua magia.
Seu hobby era voar, sempre livre como um passarinho,
Com sua asa delta, flutuava no horizonte, rumo ao ninho.
Imponente como uma águia, parecia vigiar o planeta,
Do alto ele via o paraiso tropical, e suas violeta.
Hoje Valéria e Kauâ, nao tem mais Ricardo,
Só lembranças, fotos e dias amargo.
Seu círculo de amigos, está obscuro, e sem sorriso,
Ricardo não mora mais aqui, êle está com Deus no paraíso.