Mãe

Tentei, já sabendo que as tentativas seriam em vão, fazer uma comparação entre a mãe e os outros seres humanos, aqui só vou colocar as do que eu fiz sobre o PAI, que teoricamente seria o segundo em grau de afeição então vamos lá.
Pai vai dormi alegando que tem que se preparar para o dia seguinte, e quase não se preocupa com as atividades do filho, ou se já chegou a casa, ou com quem estava, ou como foi o seu dia.
Mãe não vai dormir enquanto o filho não chega, ou arrumar as coisas para o filho no dia seguinte, sem antes perguntar ou pelo menos tentar conversar com o filho sobre seu dia, e com quem estava e principalmente orar para que ele tenha uma boa noite de sono.
Pai na manhã seguinte quando senta a mesa para tomar o café, que já está pronto, feita por ela que foi dormir mais tarde e acordou mais cedo, pergunta que horas que ele chegou ontem, com quem estava, precisa tomar cuidado com este menino, tá cheio de coisa errada na rua. Quando o filho aparece na mesma mesa ele só diz bom dia filho e saiu alegando ter pressa para ir trabalhar, afinal e ele quem paga o sustento da casa não é.
Mãe coloca o leite no copo com a medida exata de chocolate da maneira que ele mais gosta, passa a manteiga no pão medindo as diferenças entre as laterais, porque é assim que ele faria. Faz com tanto carinho que aquele pedaço de pão se torna uma fonte de energia capaz de mantê-lo sustentando por um bom tempo, como se fosse a ultima refeição preparada por ela. E no final para terminar nada diz de contrario, somente lhe dá um beijo e lhe agradece por ser um ótimo filho. E daí “ela vai trabalhar”.
Não temos como comparar, sei que num passado e bem possível a possibilidade de eu ter sido uma mãe, mas se fui nada me lembro porque não consigo me igualar com a minha esposa em nada relativo a cuidar das minhas filhas, pareço até que as vezes só mais um filho e minhas pequenas são minhas irmãs, por muitas vezes quando estou triste, a hora que me dou conta estou envolvido nos braços desta mulher, que me acolhe como acolhe uma das suas filhas, com ternura e com palavras consoladoras que me elevam e me colocar de novo no ringue para lutar, impressionante por mais que mereço nem uma única palavra para me diminuir ou me castigar. Então como comparar, que bobagem eu fui fazer, não existe, esta comparação todas estas palavras acima deveriam ser de gratidão e não de comparação, mas tudo bem agora aprendi a lição, e como comparar o perfume da rosa com o cheiro da solidão.


Te amo mãe das minhas filhas.



 
Antonio Ricardo Lopes
Enviado por Antonio Ricardo Lopes em 12/05/2013
Reeditado em 25/09/2013
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